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Presidente Lula vai à cúpula dos BRICS a bordo do avião presidencial Airbus A319 ACJ

Foto: Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou do jato presidencial Airbus A319 ACJ (chamado de VC-1 na Força Aérea Brasileira) na madrugada desta segunda-feira (21) em Joanesburgo, anunciando sua participação na 15ª Cúpula do BRICS, consórcio formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 

Segundo dados do ADS-B Exchange, o avião presidencial fez um voo direto entre Brasília e a África do Sul, percorrendo 7.860 km. Apesar da distância, a aeronave executiva tem autonomia para voar muito além disso, podendo chegar a até 11 mil quilômetros, como informa a fabricante.

A cúpula, que vai de 22 a 24 de agosto, está preparada para reunir 40 chefes de estado ou de governo de toda a África, Ásia, América Latina e Oriente Médio, marcando um retorno histórico às reuniões pessoais pós-pandemia.

Entre os países membros do BRICS, os presidentes Lula (Brasil), Cyril Ramaphosa (África do Sul), Xi Jinping (China) e o primeiro-ministro Narendra Modi (Índia) marcarão a ocasião, enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, participará remotamente.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil observou que 22 países já manifestaram formalmente interesse em ingressar no BRICS, com discussões sobre critérios e princípios de entrada constituindo um tema central na agenda da cúpula.

Imagem: ADS-B Exchange

Outro ponto focal de deliberação será a trajetória futura do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), comumente conhecido como Banco dos BRICS. Os principais assuntos sob escrutínio incluirão a utilização de moedas locais e a possível introdução de uma unidade de referência do BRICS para facilitar as transações comerciais.

Eduardo Paes Saboia, secretário para Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, antecipa resultados tangíveis nessa área, enfatizando sua importância para o bloco.

Embora sejam esperadas discussões sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, ele permanecerá um tópico interno para os chefes de estado e de governo do BRICS, marcado para discussão privada durante o segmento de retiro da cúpula. Saboia elucidou que “essa questão receberá atenção abrangente, embora fora da declaração pública”.

Após a cúpula, o itinerário diplomático de Lula se estende até a capital angolana, Luanda, nos dias 25 e 26. Aí vai manter encontros privados e alargados com o Presidente João Lourenço – no primeiro dia da visita – centrados na cooperação bilateral e no reforço de laços históricos. 

Um seminário na Assembleia Nacional angolana centrado em um projeto no Vale do Cunene e um evento empresarial estão na agenda de Lula, que deve atrair cerca de 60 empresários brasileiros. Além disso, a visita testemunhará a assinatura de acordos e memorandos em vários setores, abrangendo agricultura, processamento de dados, saúde e educação.

A viagem diplomática termina no domingo, 27 de agosto, com a visita do presidente Lula a São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe, onde participará da 14ª Conferência de Chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Este fórum multilateral inclui os seguintes países membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Edição de Valéria Aguiar – Informações da Agência Brasil

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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