Em uma tentativa de reduzir as despesas governamentais, o primeiro-ministro paquistanês, Shahbaz Sharif, passou a utilizar voos comerciais para seus deslocamentos. Sharif regressou recentemente de sua visita oficial à Arábia Saudita através de um voo regular da PIA, companhia aérea nacional do Paquistão, conforme noticiado pelo The News International.
Sharif, responsável pelo cargo máximo do Poder Executivo paquistanês, era um dos 380 passageiros no voo Jeddah-Islamabad. Sua presença gerou descontentamento entre alguns ocupantes, que apontaram que, em função da espera pela chegada do primeiro-ministro, o voo teve um atraso de duas horas.
Outra complicação foi a mudança do ponto de pouso, que ao invés de Islamabad, capital do país, acabou sendo Lahore, centro administrativo da província de Punjab, onde Sharif se encontraria com autoridades locais.
Essa viagem à Arábia Saudita marcou a primeira visita internacional de Sharif desde que assumiu o cargo no mês anterior. O voo comercial através da PIA foi uma estratégia adotada como exemplo para outros governantes e autoridades.
Medidas corte de custos têm surgido em resposta ao elevado gasto público no país. Em março, o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, Shahbaz Sharif e outros ministros do governo federal decidiram voluntariamente abdicar de seus salários e alguns benefícios. A determinação ocorreu durante a primeira reunião da administração estabelecida após as eleições parlamentares realizadas em fevereiro.
A fim de aliviar o orçamento do Estado, o governo elaborou restrições às viagens internacionais dos ministros e funcionários governamentais, estipulando também novas regras para suas estadias fora do país.
As regras preveem que ministros federais e estaduais, assessores e auxiliares estão limitados a realizar apenas três viagens ao exterior por ano e, quando o fazem, devem utilizar aviões regulares, seguindo a autorização do Ministério da Administração Interna e da comissão governamental, que visa a austeridade do orçamento. As hospedagens em hotéis cinco estrelas no exterior estão proibidas.
Como estratégia complementar, as embaixadas paquistanesas foram incentivadas a envolver seus funcionários em fóruns e eventos internacionais, buscando reduzir as viagens dos ministros e funcionários do governo.
