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Privatização dos aeroportos do Galeão e Santos Dumont, no Rio, é barrada por Lula

A concessão dos aeroportos cariocas do Galeão e do Santos Dumont foi parasalida a pedido do presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva.

Divulgação – GOL / Cássio Vasconcellos

O Aeroporto Internacional do Galeão já havia sido privatizado anos atrás, durante o governo Dilma Roussef, mas devido a diversos problemas, incluindo uma projeção superestimada na época do leilão, condenações judiciais da Odebrechet, que era uma das sócias, e queda drástica na demanda, a concessionária optou por devolver a concessão.

Com isso, o aeroporto seria leiloado novamente, provavelmente depois do Aeroporto Santos Dumont, o último dos grandes aeroportos brasileiros ainda geridos pela estatal Infraero. Entretanto, uma pressão da bancada carioca junto ao governo de Bolsonaro fez com que o Ministério da Infraestrutura mudasse o formato dos leilões e combinasse os dois aeroportos num único lote, onde quem levar o Galeão, também deveria ficar com o Santos Dumont.

A expectativa era que o leilão fosse acontecer no final deste ano ou no início do ano que vem, mas a equipe de transição do presidente eleito Lula já pediu para que o processo seja suspenso, o que teria sido acatado, segundo reporta a Folha de São Paulo.

Segundo o jornal, a Secretaria de Aviação Civil decidiu “suspender os estudos da privatização até a chegada do novo governo”. Faltava apenas mais uma etapa, com entrega de dados do Galeão, para que o modelo de concessão fosse elaborado e entregue para ser formada a chamada para o leilão.

Agora, o projeto do modelo de concessão está congelado até Lula tomar posse e decidir qual será o futuro dos aeroportos cariocas. A SAC já correu atrás e estendeu os contratos de aluguel de espaços no Santos Dumont, que não seriam renovados, já que a Infraero iria sair e a nova concessionária ficaria responsável por negociar com as empresas que ali estão.

Até o momento, não está claro se o governo Lula irá desistir da privatização e se terá alguma mudança no modelo de concessão, que foi uma das grandes pautas do último governo federal do PT.