Professor universitário critica comissária de voo sem máscara e gera debate nas redes

Um professor universitário canadense foi criticado duramente nas redes sociais após expor uma comissária sem máscara durante um voo.

O caso aconteceu no voo UA-3737, de Ottawa (Canadá) para Chicago, no estado americano do Illinois, que era operado por um Bombardier CRJ-200 da Air Wisconsin, empresa regional que presta serviços para a United sob a marca United Express.

A bordo do voo estava Amir Attaran, Professor da Universidade de Ottawa. Ele fotografou a comissária enquanto ela passava as instruções de segurança para a decolagem. Ela não usava máscara e, por causa disso, Attaran ficou irritado e foi até o seu Twitter para reclamar do caso, citando a Polícia do Canadá, a Autoridade Aeronáutica local e vários jornais.

Mas não é assim que se faz

O que seria uma reclamação de um passageiro, se tornou algo pior. A começar pelo fato que, mesmo o Canadá obrigando o uso da máscara, por convenção internacional as aeronaves são extensão do território do país onde estão registradas. Logo, um avião registrado nos EUA segue as leis americanas, que não exigem máscara em voos domésticos e pode não exigir em internacionais, a critério da empresa e do destino.

Segundo o site da própria United, não fica tão claro se é dispensado o uso, já que fala que “se você estiver viajando internacionalmente, o uso de máscara ou não depende dos requisitos do país de destino”, neste caso como o destino era os EUA, subentende-se que não é obrigatório.

Disputa de regras à parte, a situação saiu do controle quando Amir pediu que a United fosse banida dos EUA e afirmou que o “Canadá não é os EUA, seus f**”.

Outras ofensas foram dirigidas pelo professor. Ao ser questionado ironicamente pelo YouTuber Donut Operator, que perguntou se ele era aquela criança chata da escola, ele respondeu que “Certamente eu era, fui para a universidade e me dei bem. Você era aquela criança atrás do caixa do McDonald’s, não?”, colocando que a sua formação universitária o tornava mais importante que um atendente de fast-food.

De imediato outras pessoas começaram a criticar o professor pelo seu tom e ofensas, que foram aumentado, incluindo acusações políticas, citando um suicídio em massa pelas atitudes da pandemia nos EUA e falando para empresas americanas ficarem fora do Canadá.

Inclusive, Attaran afirmou ter conversado com a comissária, que disse não ter recebido instruções claras da United. A mesma afirmação teria vindo de um supervisor de solo da companhia no Aeroporto de Chicago. A empresa, por nota no Twitter, afirmou que irá investigar o caso, e o professor novamente falou que isso não era suficiente e renovou suas ofensas.

Muitos comentários acusaram o professor de racismo por se tratar de uma comissária negra, que foi exposta na internet sem sua autorização. Já outras pessoas começaram a compartilhar o número da Universidade de Ottawa pedindo uma atitude contra o professor.

No final, Attaran afirmou que “ainda bem que imigrei da Califórnia para o Canadá” e postou uma foto sua num painel do Fórum Econômico Mundial, fazendo ironia sobre teorias de microchips nas vacinas contra o coronavírus. Até o momento, a Universidade de Ottawa não se pronunciou sobre o caso, e o tuite já teve mais de 7 mil respostas, sendo a maioria com críticas duras ao professor.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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