Programa de gerenciamento de emissões de carbono do ACI chega a 500 aeroportos no mundo

Mais de 500 aeroportos em todo o mundo estão agora certificados pelo programa Airport Carbon Accreditation (ACA), a estrutura independente que orienta os aeroportos no caminho para operações mais sustentáveis. É o que celebra hoje o Conselho Internacional de Aeroportos para América Latina e Caribe (ACI-LAC) junto a toda a comunidade aeroportuária global, por este importante marco de sustentabilidade para a indústria.

Na região da América Latina e Caribe, são 71 os aeroportos membros do ACI-LAC que estão ativamente comprometidos com a ação climática. Entre eles, 8 estão no Brasil:

– Nível 1 – “Mapeamento”: Aeroporto Internacional de Florianópolis, Aeroporto Internacional de Vitória, Aeroporto de Macaé, Aeroporto Internacional de Brasília, Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro e Aeroporto Santos Dumont;

– Nível 2 – “Redução”: Aeroporto Internacional de Belo Horizonte; e

– Nível 3 – “Otimização”: Aeroporto Internacional de Salvador.

Rafael Echevarne, diretor-geral do ACI-LAC, disse:

“Tenho o prazer de anunciar que o programa Airport Carbon Accreditation atingiu um marco importante com o credenciamento de 500 aeroportos em todo o mundo.

Essa conquista representa um passo significativo em nossos esforços conjuntos para enfrentar as mudanças climáticas e criar um futuro sustentável para a aviação.

Gostaria de parabenizar e destacar especialmente os aeroportos da região da América Latina e Caribe (LAC) por seu excelente compromisso, com 71 aeroportos acreditados. Sua dedicação e liderança na adoção de práticas sustentáveis são um grande exemplo para a comunidade global da aviação.

Juntos estamos construindo um futuro mais sustentável e resiliente para a nossa indústria.”

O ACI Airport Carbon Accreditation é o único programa global aprovado para aeroportos para certificação do gerenciamento de carbono e cumpre o papel fundamental de impulsionar a indústria aeroportuária rumo ao compromisso setorial de zerar suas emissões de carbono até 2050.

O programa ACA avalia e reconhece de forma independente os esforços dos aeroportos para gerenciar e reduzir suas emissões de carbono por meio de 6 níveis de certificação:

– Nível 1 ‘Mapeamento’: o aeroporto mapeia sua pegada de carbono, identifica as fontes e calcula as emissões anuais.

– Nível 2 ‘Redução’: o aeroporto comprova a redução de emissões com evidências de procedimentos e cumprimento de metas para a gestão de carbono.

– Nível 3 ‘Otimização’: o aeroporto amplia o escopo de redução de emissões e envolve terceiros no processo.

– Nível 4 ‘Neutralidade’: o aeroporto cumpre os requisitos das etapas anteriores e compensa as emissões restantes com créditos de carbono.

– Nível 5 ‘Transformação’: o aeroporto define estratégia de gestão de carbono de longo prazo orientada para a redução absoluta de emissões.

– Nível 6 ‘Transição’: além de cumprir as etapas anteriores, o aeroporto compensa as emissões de carbono residuais sobre as quais tem controle.

Atualmente, 63 aeroportos no mundo estão certificados nos dois níveis mais avançados do programa ACA. Os aeroportos certificados nos níveis 5 e 6 desde o início de 2023 foram:

– Nível 5: Aeroporto Internacional de Brisbane e Aeroporto Internacional de Newcastle, ambos na Austrália, e Aeroporto Internacional de Hong Kong.

– Nível 6: Aeroporto Internacional de Bangalore (Índia), Aeroporto de Copenhague (Dinamarca) e os 10 aeroportos em Portugal operados pela VINCI Airports, através de sua subsidiária ANA.

Na América Latina e Caribe, há três aeroportos certificados no nível 4: Aeroporto Ecológico de Galápagos e Aeroporto Mariscal Sucre, ambos no Equador, e Aeroporto Internacional do Cibao, na República Dominicana.

Para ver a lista completa dos aeroportos credenciados e mais informações sobre o programa Airport Carbon Accreditation, acesse www.airportcarbonaccreditation.org.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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