A Astral Aviation, especialista em carga aérea baseada em Nairobi, no Quênia, anunciou que não seguirá com seus planos iniciais de adquirir dois aviões de carga Embraer E190F, um projeto que havia sido inicialmente programado para ser lançado. A decisão de desistir da aquisição foi confirmada por Sanjeev Gadhia, fundador e CEO da companhia, em entrevista ao Newsaero.
Os planos para a implementação do programa E190F, que foram discutidos pela primeira vez em julho de 2022 durante o Farnborough Airshow, não avançarão conforme o esperado.
Gadhia declarou que “não temos planos imediatos para o E190F e podemos reconsiderar nossa posição no futuro, uma vez que a proposta de valor para o E190F não atende mais à nossa estratégia de frota para o mercado intra-africano”.
O programa E-Jets Freighter da Embraer, lançado em março de 2022, visa atender à crescente demanda no setor de transporte aéreo de carga. O E190F oferece uma capacidade de carga de 10,7 toneladas, com espaço para sete contêineres ULD no deck principal. Por outro lado, o E195F proporciona uma capacidade de 12,3 toneladas, permitindo a carga de até oito contêineres ULD.
A Embraer afirma que o E190F resulta em um aumento de volume de 50% em comparação com cargueiros turboélice maiores, além de reduzir os custos operacionais em até 30% em relação a aeronaves estreitas de geração similar. A primeira entrega do E190F foi para a empresa de leasing Regional One, que irá operar a aeronave por meio de um operador de lançamento não divulgado.
Enquanto isso, a Astral Aviation está focando em expandir rapidamente sua frota de cargueiros. Gadhia compartilhou que a companhia aérea planeja dobrar sua frota ainda este ano com a adição de um Boeing 737F e um Boeing 767F. Atualmente, a empresa já opera ambos os modelos: um 737F (MSN 27082) sob dry-leasing da AVMAX e um 767F (MSN 22217), que foi adquirido por meio de um arrendamento com venda no ano passado com o mesmo locador.
A Astral Aviation opera uma rede diversificada de rotas dentro da África, assim como conexões para o Oriente Médio e Ásia, oferecendo tanto serviços regulares quanto voos charter.
A companhia se beneficia de parcerias interlineares com diversas companhias aéreas, assim como colaborações com vários agentes de carga globais e locais, facilitando a consolidação de carga em hubs estratégicos como o Aeroporto Internacional Jomo Kenyatta, em Nairobi, além de aeroportos em Dubai, Joanesburgo e Liège.
