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A Rolls-Royce decidiu continuar o desenvolvimento de seu projeto de motor UltraFan, embora não tenha nenhuma demanda por ele no momento. A decisão, trazida em primeira mão pela agência de notícias Reuters, se apoia na crença da empresa de que seu projeto é “à prova do futuro”, ou seja, independente de como estiver o mercado, haveria demanda por seu produto.
No entanto, haverá uma mudança de estratégia, onde o design do motor será escalável e ele poderá ser feito em múltiplas versões, mais ou menos potentes do que o projeto original. Assim, o UltraFan será uma família de motores, ao invés de um motor, com empuxo de 25.000 a 100.000 libras.
Essa faixa de empuxo cobre desde o Airbus A220 até o Boeing 777. A Rolls-Royce também deseja que o UltraFan seja compatível com combustíveis 100% sustentáveis de todos os tipos, em linha com a estratégia de descarbonização do setor para os próximos anos.
O trabalho que a Rolls-Royce já fez no design do UltraFan cobre a maioria das novas tecnologias existentes e o novo projeto vem com algumas ideias inovadoras: por exemplo, será o primeiro projeto de Geared TurboFan, com passo variável para o fan disk principal.
Até agora, foram gastos 500 milhões de libras no programa desde 2014. Com a baixa demanda, os investimentos continuam, mas de maneira comedida, até 2023, quando a empresa sentirá o mercado para ver se faz sentido seguir adiante com o projeto e se ele “ainda é à prova do futuro”.