Pronto para voar na China, Boeing 737 MAX é devolvido e acaba voltando para os EUA

Imagem: Boeing

Ao menos três aeronaves da Boeing que já estão na China, prontas para serem entregues, devem voltar para seu lugar de origem.

Os jatos são do modelo 737 MAX 8 e foram fabricados em Renton, cidade vizinha a Seattle, no estado americano de Washington. Como parte do investimento da Boeing no mercado chinês, uma linha de produção final da empresa foi instalada na cidade de Zhoushan, vizinha a Xangai.

Esse tipo de linha de finalização também já foi implantado pela brasileira Embraer em Harbin, mesma cidade onde a Airbus instalou uma linha de produção de componentes das famílias A320 e A350XWB. A Airbus também possui um centro de produção final em Tianjin, sendo hoje a fabricante aeronáutica estrangeira com maior presença e produção no país.

Porém, um jato Boeing 737 MAX que iria para a companhia aérea chinesa Xiamen Airlines e já estava em Zhoushan voou, na manhã do dia 18 de abril de 2025, para a ilha americana de Guam, no Pacífico. De lá, a aeronave deve seguir para Honolulu, no Havaí, antes de retornar a Seattle, como apontam os dados da plataforma de rastreamento de voos AirNavRadar.

De matrícula de testes N230BE e número de série 64680, esse 737 MAX 8 seria entregue à Xiamen com o registro chinês B-20DX. No entanto, as recentes disputas promovidas pelo presidente americano Donald Trump, envolvendo tarifas de importação e exportação, tornaram a aquisição da aeronave “inviável” para a China, que proibiu o recebimento de novos aviões — mesmo aqueles que estavam no país para terem seus interiores instalados, principal trabalho realizado pela Boeing em Zhoushan, e que foi feito nesta aeronave em específico.

O portal The Air Current informa que outras duas aeronaves deverão, em breve, ser retornadas à Boeing em Seattle, sendo que ao menos uma é da própria Xiamen e outra pertence a uma companhia aérea chinesa ainda não identificada.

Das entregas pendentes da Boeing, apenas 2% são de pedidos de companhias aéreas da China, que desde 2021 não têm feito novos pedidos à fabricante americana, enquanto a Airbus continua a avançar no mercado local.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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