Publicado em revista americana artigo de doutorandos do ITA sobre combate de drones

Imagem: Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)

Um estudo realizado por Oficiais do Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), localizado em São José dos Campos (SP), foi publicado por meio de um artigo científico na revista norte-americana IEEE Access, periódico de excelência na área de Engenharia.

O artigo “Otimização da Formação Tática de Veículos Aéreos Não Tripulados em Jogos de Guerra” (do inglês, Optimization of Unmanned Air Vehicle Tactical Formation in War Games), foi desenvolvido juntamente com pesquisadores do Instituto de Estudos Avançados (IEAv) e com professores da Academia de Defesa Holandesa (NLDA).

O trabalho cria uma metodologia de uso de inteligência computacional que otimiza a posição tática de um enxame de drones ou Veículos Aéreo Não Tripulados (VANTs) em combates do tipo BVR (do inglês, Beyond Visual Range).

Publicado em fevereiro em fevereiro deste ano, foi produzido pelo Tenente-Coronel Aviador Geraldo Mulato de Lima Filho e pelo Major Aviador André Rossi Kuroswiski, doutorandos do PPGAO, pelo Professor Doutor Angelo Passaro e pelo Professor Doutor Felipe Leonardo Lôbo Medeiros, no Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias Espaciais (PG-CTE) do ITA, e ainda contou com a participação dos Professores Doutores Mark Voskuijl e Herman Monsuur, ambos da NLDA.

Nas simulações e otimizações do estudo, foram utilizados o ASA (Ambiente de Simulação Aeroespacial) e o LOF (LEV optimization framework) ambos desenvolvidos no IEAv. O estudo obteve internacionalização acadêmica, a fim de buscar uma análise do ponto de vista de jogos de guerra com pesquisadores de renome mundial nessa área.

Imagem: Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)

O Tenente Coronel Lima Filho, primeiro autor do artigo, ressaltou que o trabalho vai ao encontro da Concepção Estratégica da Força Aérea 100 (DCA 11-45). “É fundamental desenvolver os sistemas de capacitação operacional das equipagens, ou seja, aperfeiçoar os mecanismos de aprendizado e reforço, por meio de novos dispositivos de absorção e de transmissão do conhecimento como simulação, realidade virtual, etc”, destacou.

Ele reforça ainda que o uso de simuladores e exercícios operacionais simulados devem ser massivamente praticados com tecnologias atualizadas que preparem o combatente para o emprego da força.

“Alia-se a isso o fato de que o desenvolvimento de inteligência artificial (IA) para simuladores e aeronaves de combate é o estado de arte na ciência, sendo um conhecimento disruptivo. E é de suma importância que tal tecnologia esteja sendo desenvolvida pela FAB, pois, quando vendida por qualquer empresa, ela vem como uma caixa preta, sem acesso aos parâmetros de funções do modelo computacional utilizados, não sendo possível avaliar a adequação dos parâmetros para caso de aplicações operacionais da Força”, afirmou Lima.

O atual Coordenador de Área de Análise Operacional e Engenharia Logística (AO-EL) do PPGAO, Tenente-Coronel Aviador Sérgio Rebouças, complementou afirmando que o trabalho do Tenente-Coronel Lima Filho faz parte do projeto de reestruturação interna do PPGAO.

“Estamos investindo na aproximação entre as áreas Acadêmica e Operacional. Uma pesquisa científica que possa efetivamente contribuir com a área operacional só acontece quando existe um equilíbrio entre a bagagem operacional e a acadêmica do pesquisador”, disse Rebouças.

Para conferir o artigo na íntegra, clique aqui.

Sobre o PPGAO

Criado pelo Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), o PPGAO tem por objetivo promover, nos programas de Pós-Graduação do ITA, a formação de militares para o exercício de atividades de análise, avaliação, pesquisa e desenvolvimento, por meio da geração e domínio do conhecimento aplicado ao setor operacional de Defesa, especialmente da Força Aérea Brasileira (FAB).

Informações da Força Aérea Brasileira e do ITA

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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