Na manhã de hoje, dia 7 de maio, a Qantas, maior empresa aérea australiana, anunciou a utilização de mais cinco Embraer E190, de fabricação brasileira, como plano de impulsionar os voos domésticos em resposta à crescente demanda por viagens corporativas e lazer.
Os jatos brasileiros E190 serão pintados com as cores da subsidiária regional QantasLink e, com sua autonomia de cinco horas de voo, ajudarão a Qantas a aumentar sua capacidade doméstica. Para essas rotas, as aeronaves serão configurados com 94 assentos, conforme outros três E-Jets que também estão sendo implantados na rede da Qantas como parte de um acordo de três anos com a Alliance Airlines.
O negócio com a Alliance proporciona à Qantas a capacidade de até 14 aeronaves E190, dependendo das condições de mercado. Os jatos pertenciam à Copa Airlines e à American Airlines, e foram adquiridos pela Alliance no ano passado após as empresas retirá-los de suas frotas em meio à crise.
Naquele momento, Scott McMillan, Managing Director da Alliance, dizia acreditar que, dada a reduzida demanda nas rotas principais devido à COVID-19, o E190 teria potencial de ser o avião perfeito para algumas rotas, e também que sua empresa é conhecida por aproveitar os baixos preços de aviões nas crises como uma ótima oportunidade de compra. E agora, os acordos com a Qantas mostram que ele estava muito certo em sua estratégia.
A base dessas cinco aeronaves será em Adelaide, capital costeira cosmopolita da Austrália Meridional, e criará 200 empregos adicionais para o estado, incluindo pilotos, comissários de bordo e engenheiros recrutados pela Alliance.
A partir de 25 de junho, os australianos do sul poderão voar direto para a Gold Coast com a Qantas, com quatro serviços de ida e volta por semana, aumentando para diariamente durante os picos de férias escolares.
Além de uma série de rotas adicionais de Adelaide, que serão anunciadas nas próximas semanas, a partir do dia 21 de maio, os E190 irão compor a rota entre Darwin e Canberra, também na Austrália.
As duas novas rotas elevam para 38 o número total que a Qantas e a Jetstar anunciaram desde o início da pandemia, em resposta ao fato de que mais australianos estão de férias no país.
Segundo a Qantas, as cinco aeronaves E190 podem transportar quase 1 milhão de passageiros adicionais de e para Adelaide a cada ano. O uso dos jatos brasileiros também liberará as aeronaves Boeing 737 da Qantas para serem reimplantadas na rede doméstica, já que toda a tripulação doméstica da Qantas voltou a voar.
No aeroporto de Adelaide junto com o premier da Austrália do Sul, Steve Marshall, e o diretor administrativo da Alliance Airlines, Scott McMillan, o CEO do Qantas Group, Alan Joyce, fez comentários sobre o uso dos E190:
“Basear essas aeronaves em Adelaide significa que podemos atender melhor à Austrália do Sul e ajudar a trazer mais visitantes para o estado. O E190 é uma excelente aeronave para o mercado de Adelaide, com seu tamanho, alcance e economia abrindo uma série de novos destinos que não seriam viáveis com a aeronave 737 maior.
Em vez de um ou dois voos por dia com uma aeronave maior, podemos oferecer três ou quatro voos por dia no E190, o que dá aos clientes muito mais escolha sobre quando viajam.
Continuamos a ver sinais realmente positivos de recuperação sustentada, com forte demanda de viagens e reservas esperadas, para ver nossa capacidade doméstica de volta acima de 100% dos níveis pré-COVID nos próximos meses. Isso é um grande progresso quando você considera que estávamos com apenas 20 por cento de nossos níveis normais de voo no auge do bloqueio.
O retorno ao voo tem um enorme fluxo de benefícios, ajudando a impulsionar o turismo, que é tão vital para as economias e negócios locais em todo o país”.
O primeiro-ministro da Austrália do Sul, Steven Marshall, também falou sobre os desdobramentos do uso dos aviões brasileiros:
“O estabelecimento de uma base de aeronaves Embraer E190 é um grande reforço para a indústria de aviação da Austrália do Sul. A base criará empregos de aviação e manutenção, aumentará o turismo e posicionará Adelaide como o centro de aviação regional da Austrália.
Essas são prioridades importantes para o desenvolvimento econômico de nosso estado e representam um grande passo à frente na criação de conectividade direta de aviação regional e internacional.”
Com informações da Qantas
Leia mais: