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Qantas muda perspectiva sobre escolha do avião para os voos de até 20 horas

Depois de muita expectativa sobre a escolha da australiana Qantas a respeito da aeronave para os voos de quase 20 horas que pretende fazer no futuro próximo, a companhia aérea mudou os planos sobre a decisão.

A Qantas não tem pressa em fazer um pedido para aeronaves de ultra-longo curso para operar seus voos do Project Sunrise e pode adiar o anúncio para o início de 2020, disse o executivo-chefe Alan Joyce a repórteres após o teste de voo sem escalas de Londres Heathrow para Sydney.

A Qantas anteriormente esperava formalizar seus planos do Project Sunrise até o final de 2019.

A companhia aérea australiana está planejando lançar voos diretos de Sydney e Melbourne para Nova York e Londres em 2023, sujeitos à entrega de aeronaves capazes de cumprir os trajetos de quase 20 horas de forma rentável.

Acredita-se que a Airbus esteja propondo o A350-1000 enquanto a Boeing estava competindo originalmente com o 777-8, mas provavelmente apresentará uma opção alternativa, devido aos atrasos no programa 777X.

Os dois voos de teste, que partiram de Londres Heathrow e Nova York JFK, foram operados com o Boeing 787-9, mas com um número muito limitado de passageiros e sem carga, o que o tornaria inviável economicamente para as operações regulares.

Avião Boeing 787 Qantas 100
O 787-9 que realizou o voo Londres-Sydney na semana passada

Os voos do Project Sunrise também exigiriam novos acordos com os sindicatos e a Autoridade de Segurança da Aviação Civil da Austrália, dado o tempo prolongado de voo na jornada da tripulação.

A distância direta entre Sydney e Londres Heathrow é 9.188 milhas náuticas (17.016 quilômetros), mais de 10% a mais do que a rota mais longa atualmente operada regularmente no mundo, de Cingapura Changi a Nova York Newark (8.285 milhas náuticas ou 15.344 quilômetros).

A atual rota regular mais longa do mundo

Primeiro Airbus A350 Ultra Long Range (ULR) da Singapore

Em outubro do ano passado, a Singapore Airlines trouxe de volta sua ponte de 16.500 quilômetros (15.300 quilômetros em linha reta) entre Singapura e Nova York.

Após receber o primeiro jato A350-900 produzido pela Airbus na versão ULR (Ultra Long Range), a companhia asiática retomou o voo que fazia até 2013 com o Airbus A340, e que se tornou inviável naquele ano quando o petróleo estava sendo negociado em torno de US$ 100,00 o barril.

Até agora, um ano e um mês após a reestreia, a Singapore segue sozinha na rota, em seu par de voos SQ22 e SQ23, que duram pouco mais de 18 horas. Veja todos os detalhes sobre esses voos e sobre o serviço de bordo que a companhia aérea utiliza:

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