Qatar Airways começa a chamar de volta seus pilotos demitidos

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Na esperança de uma recuperação num futuro não muito distante, a Qatar Airways, sediada em Doha, está se preparando para recontratar potencialmente centenas de pilotos que demitiu no auge da pandemia. Segundo o SkyNews, nos últimos dias, pilotos demitidos receberam uma carta da companhia aérea convidando-lhes a enviar solicitações com urgência, na esperança de que pudessem voltar à companhia aérea em meses ou semanas.

Principalmente os pilotos expatriados foram informados de que a companhia aérea está “agora procurando reiniciar as atividades de recrutamento”. A oferta de readmissão é especificamente para pilotos com qualificação de tipo em aeronaves Boeing 777 e 787 Dreamliner.

A notícia positiva vem apesar da confirmação do presidente-executivo da Qatar Airways, Akbar Al Baker, de que a companhia aérea iria despedir mais milhares de funcionários no futuro próximo. Durante a primeira onda da pandemia COVID-19, a companhia aérea demitiu cerca de 15% de sua força de trabalho. Apesar de conseguir recriar sua rede para cerca de 130 destinos, a Qatar Airways tem sido prejudicada por constantes restrições de viagens que, segundo ela, precisam cortar milhares de outros empregos, ou cerca de 5% de sua força de trabalho.

“Você deve estar acompanhando os esforços e realizações significativos da companhia aérea para superar os desafios impostos pela pandemia nos últimos meses”, diz a carta aos ex-pilotos da empresa. “Temos o prazer de dizer que isso incluiu não apenas a reconstrução gradual de nossa rede global, que atualmente está em 130 destinos, mas também uma extensão da frota Boeing da companhia aérea. Um membro da equipe de recrutamento e seleção de pilotos entrará em contato com você em breve para discutir sua disponibilidade atual e o processo de reingresso”.

Os pilotos expatriados que mantiveram seus empregos tiveram seus salários reduzidos em até 25% como parte dos cortes de custos da companhia aérea para enfrentar a crise. O pagamento básico está congelado há pelo menos cinco anos e os subsídios foram reduzidos em até 40%. O pagamento por hora de voo também foi reduzido, embora os pilotos ainda possam viver em acomodações gratuitas fornecidas pela empresa.

Os cortes salariais só se aplicavam a pilotos estrangeiros. Os pilotos locais do Catar não foram atingidos pelas medidas de corte de custos.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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