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A Qatar Airways confirmou, através de seu CEO, que irá ajudar financeiramente a LATAM, que entrou em recuperação judicial. Citando que a empresa latina é essencial para os planos de longo prazo da aérea árabe, Akbar al Baker contribuiu para dar uma injeção de ânimo no mercado.
Em entrevista à Bloomberg, o CEO da Qatar Airways afirmou que até agora a empresa tem “andado com as próprias pernas”, sem precisar de dinheiro do governo do Catar. No entanto, ele afirmou que, se a crise continuar no ritmo atual, pode ser que recorram ao estado.
E como a Qatar Airways ao estado pertence, levantar novos recursos não é um problema, ainda que eles sejam destinados a aportar em negócios estratégicos ao redor do mundo, como é o caso da Latam Airlines, onde a empresa árabe já possui 10% das ações com direito a voto.
Citando a importância que a Latam tem no portifólio da Qatar, al Baker disse que (o investimento na Latam) “é um investimento de longo prazo, e é claro que iremos ajudá-los”.
Tal fala foi suficiente para animar os mercados e as ações da Latam subiam fortemente nessa quarta-feira nas Bolsas de Nova Iorque e Santiago.
Investimento bilionário
Quando a LATAM entrou em recuperação judicial na semana passada, tanto a Qatar quanto a família Cueto se posicionaram no sentido de financiar a empresa a fim de suportarem o processo de recuperação judicial da latina. O valor total a ser aportado por ambos, em conjunto, está na casa dos $900 milhões de dólares, o que equivale a R$4,58 bilhões na cotação atual da moeda estadunidense.
Este financiamento será feito na forma de um DIP, que é uma espécie de financiamento que pode ser feito apenas quando a empresa entra em Recuperação Judicial (Chapter 11) nos EUA. Nele, a parte que financia (Cueto e Qatar) não tem a posse de bens (da LATAM) como garantia do empréstimo, mas terá prioridade no recebimento do seu dinheiro, passando na frente de outros credores.
A Delta Airlines, que detém 20% da Latam, não entrará com um novo aporte, já que está recebendo ajuda do governo americano para pagar suas próprias contas e o programa não permite o uso dos recursos públicos em investimentos de risco, como esse.
Não foi divulgado para que áreas este montante será destinado, tampouco quais divisões da LATAM na América do Sul o receberão. Vale lembrar que as divisões da empresa na Argentina, Brasil e Paraguai não entraram em Recuperação Judicial.
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