A empresa aérea estatal do Catar, a Qatar Airways, voltou ao noticiário internacional por conta de um patrocínio oferecido ao futebol inglês anos atrás. Em entrevista recente, um ex-dirigente reforçou sua denúncia de que a empresa supostamente ofereceu um generoso patrocínio em troca do silêncio dos cartolas.
O pano de fundo inclui Greg Dyke, que liderou a organização do futebol entre 2013 e 2016 e que afirma há anos que houve corrupção em torno da candidatura do país do Oriente Médio para sediar a Copa do Mundo de 2022.
Na terça-feira, Dyke disse à ITV News que, à sua época como dirigente, eles estavam “procurando um novo patrocinador para a FA Cup e, de repente, a Qatar Airways se ofereceu para ser o patrocinador com uma oferta muito generosa. Mas a condição era que ninguém falasse nada sobre a decisão da FIFA em escolher o Catar”.
Dyke, que também é ex-diretor-geral da BBC, sempre foi crítico vocal da candidatura do Catar para sediar a Copa do Mundo. Ele reafirmou sua posição no ano passado, descrevendo a decisão da FIFA como a “mais ridícula já tomada”.
A Qatar Airways nega a alegação e afirma que Dyke abordou a companhia aérea em busca de um novo patrocinador. Um porta-voz da transportadora com sede em Doha diz que a oportunidade “nunca foi seriamente perseguida pela companhia aérea devido a seus outros compromissos de patrocínio”.
Juntamente com as alegações de corrupção, a Copa do Mundo do Catar foi marcada por uma série de controvérsias, incluindo abusos de direitos humanos, a morte de centenas de trabalhadores imigrantes e falta de direitos LGBTQ+ no país árabe conservador.
