Os problemas com os Airbus A350 tem não apenas causado irritação na Qatar Airways, mas forçado a empresa a se virar para encontrar substitutos.
Os problemas visíveis na pintura dos A350 da Qatar Airways têm feito a empresa manter 21 jatos, muitos deles novos, no chão, enquanto espera uma resolução por parte da Airbus. A empresa árabe não é a única a sofrer com os empecilhos no revestimento da aeronave, mas o fato de estar situada em um país de clima desértico potencializou o problema.
O resultado disso o mundo está vendo: a Qatar processou a Airbus pedindo uma reparação bilionária, já que a fabricante não assume que existe um problema com as aeronaves, bem como a montadora também processou a companhia aérea por difamação. Além disso, os desdobramentos incluíram um cancelamento, por parte da Airbus, de um pedido de 50 jatos narrow body da Qatar, bem como a empresa aérea sinalizando que não deve mais considerar a fabricante europeia em uma grande encomenda de aeronaves cargueiras.
Disputas á parte, a falta das aeronaves chegou num ponto crítico, que forçou a Qatar a recorrer à vizinha Oman Air, de Omã, para poder operar algum de seus voos. Segundo o site de notícias Simple Flying, os aviões estão sendo usados em três rotas fixas: de Doha para Túnis, na Tunísia, para Colombo, no Sri Lanka, e para Daca, em Bangladesh.
O aplicativo RadarBox já mostra os três aviões, de matrículas A40-DI, A40-DH e A40-DJ operando os voos para a Qatar Airways, que devem ir até o final de fevereiro.
As aeronaves estão sendo operadas no regime de wet-lease, que inclui o avião, pilotos, comissários e suporte técnico necessário da própria Oman Air.
