Quais são as 4 empresas do mundo que terão o Boeing 737 MAX de alta densidade

Nessa semana, a Malta Air, recebeu seu primeiro Boeing 737-8200, lançando uma marca que a distingue de sua operadora-irmã Ryanair. Com isso, a companhia maltesa tornou-se a segunda operadora do jato Boeing 737 MAX de alta densidade no mundo.

Além desse, mais cinco Boeings 737-8200 estão prontos para entrega aos malteses. O grupo já havia dito anteriormente que, devido a atrasos na certificação da aeronave, iria introduzir apenas 12 unidades do tipo durante a temporada de verão de 2021, divididas igualmente entre a Ryanair e a Malta Air – a empresa irlandesa já introduziu todas as seis unidades do tipo que eram esperadas.

No total, a Ryanair Holdings tem pedidos firmes para 210 Boeings 737-8200s. Além das primeiras 12 unidades entregues neste verão, o grupo espera mais 50 até o início da temporada de verão de 2022. Na próxima onda de entregas, outra empresa do grupo, a polonesa Buzz, também receberá alguns MAX, tornando-se a terceira do mundo a ter o jato.

Por fim, a outra empresa aérea que também o encomendou não pertence ao grupo Ryanair. Trata-se da VietJetAir, do Vietnã. Por enquanto, apenas essas quatro empresas têm expectativa de operar esse modelo tão específico, o que não impede de, no futuro, novas encomendas aparecerem.

Por que 8200

Já vimos falando desse modelo há alguns anos aqui no AEROIN, pois é um excelente exemplo de como a indústria aeronáutica se adapta às necessidades das empresas aéreas e características dos mais diversos mercados. Na verdade, a versão 8200 não apresenta nenhuma mudança de dimensões externas em relação ao 737 MAX 8, mas tem modificações de cabine que a tornam uma aeronave capaz de levar mais passageiros com segurança.

Basicamente, esta aeronave tem portas de saída a mais para garantir a evacuação segura de um maior número de passageiros em caso de acidentes e incidentes, podendo acomodar até 200 assentos (daí o nome 8200), graças ao espaço reduzido para 28 polegadas (71 cm) entre eles. Todo esse “aperto” permite que essa variante seja 5% mais econômica por assento e com um custo operacional apenas 1% maior em comparação com MAX-8.

Nos primeiros dias de abril desse ano, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA – Federal Aviation Administration) concedeu a certificação para o modelo.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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