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Veja quantos aviões de passageiros se tornaram cargueiros na Pandemia

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Adaptar-se à nova realidade faz parte da rotina atual de todas as pessoas e empresas do mundo, e não seria diferente para as companhias aéreas e seus aviões.

A tendência que chegou no Brasil pela Azul Linhas Aéreas, primeira empresa no mundo a utilizar um Embraer E-Jet transformado para operações cargueiras, começou como consequência da redução dos voos de passageiros, que também levam cargas em seus porões.

Sem porões disponíveis, a sobra de demanda de cargas somada ao aumento da procura por produtos médicos como máscaras, luvas e aventais fez com que o preço dos voos com aviões “cargueiros puros” disparassem, o que permitiu que até algumas empresas cargueiras dessem aumento para seus pilotos em plena crise mundial de saúde.

Enquanto isso, as companhias não cargueiras, para não ficar com aviões e tripulação parados e para sofrer menos impacto da queda de seu mercado, começaram a remover os assentos dos aviões e levar cargas mais leves e menores no deck de passageiros.

Segundo análise da nossa parceira Cirium, ao todo 155 aviões tiveram seus assentos removidos para transportarem carga na cabine de passageiros. Esse valor não considera os aviões que não tiveram assentos removidos apesar de estarem transportando carga em cima dos assentos e nos bagageiros superiores.

O pico dessa nova realidade de aeronaves de passageiros operando em voos de carga foi atingida em julho, uma das piores fases do Coronavírus no ocidente. Já em dezembro, apenas 90% destes aviões adaptados estavam voando.

Um exemplo de aumento de capacidade é a Emirates, que converteu 10 jatos de passageiros Boeing 777-300ER para cargueiros. O jato, que normalmente leva 360 pessoas em três classes diferentes, teve os 305 assentos da econômica removidos, o que deu a capacidade de carga de 17 toneladas, além das 50 toneladas levadas no porão.

A expectativa é que a demanda por carga aérea continue alta em 2021, mas sem a necessidade de mais aviões adaptados até o final do ano, já que as empresas também expandiram e continuam expandindo suas frotas de aviões “cargueiros puros” em face da demanda e dos preços elevados para o transporte de cargas.

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