Um incidente alarmante ocorreu em um voo da Alaska Airlines na noite de quinta-feira, 12 de setembro, resultando na hospitalização de quatro comissários de bordo. O voo AS-810, que partiu de Lihue, no Havai, rumo a Seattle, em Washington, enfrentou uma emergência pouco após decolar, levantando uma série de questões sobre a segurança a bordo.
A aeronave, um Boeing 737-800 de 13 anos, deixou o Aeroporto de Lihue com mais de uma hora de atraso, às 23h15, para o que deveria ser uma tranquila viagem noturna de cinco horas. No entanto, apenas 30 minutos depois da decolagem, os pilotos tomaram a decisão de retornar a Honolulu, após os comissários de bordo apresentarem sintomas preocupantes.
Segundo o USA Today, de acordo com informações da Alaska Airlines, os quatro profissionais, com idades variando entre 28 e 59 anos, relataram mal-estar, o que motivou a emergência de desvio.
Embora a companhia aérea não tenha detalhado a condição específica deles, o Departamento de Serviços de Emergência de Honolulu informou que os envolvidos estavam sofrendo de náuseas e problemas de coordenação devido a um odor desconhecido que permeava a cabine.
O curioso é que esse não é um caso isolado. Menos de dois anos atrás, outro voo da mesma companhia enfrentou uma situação semelhante. Naquela ocasião, duas comissárias de bordo também sofreram incapacitação por conta de um odor suspeito a bordo, levando ao desvio para Honolulu e ao tratamento médico das profissionais.
Um estudo publicado pelo Los Angeles Times revelou que, entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019, mais de 400 passageiros e comissários de voo em aeronaves operadas nos Estados Unidos poderiam ter sido afetados por vapores tóxicos. Embora a maioria das vítimas seja membro da tripulação, a recorrência dessas situações levanta preocupações sobre a checagem de segurança e a saúde a bordo.
Enquanto isso, os 119 passageiros do voo AS-810 passaram a noite inusitada em Honolulu, enquanto a Alaska Airlines se esforçou para reacomodá-los em voos alternativos para Seattle.