Quase abandonados na Itália, os jatos comerciais russos Sukhoi Superjet 100 (SSJ100) foram apreendidos pelo governo italiano.
O Superjet foi um dos símbolos da Rússia moderna, sendo um jato regional com alta taxa de componentes estrangeiros, que visava ser vendido fora do círculo de influência de Moscou. A ideia inicialmente deu certo, com vendas para a mexicana Interjet e para a irlandesa CityJet, que os operou em nome da Brussels Airlines, da Bélgica.
Outro ponto chave desse projeto era a parceria com a italiana Leonardo, que tinha 50% de participação no negócio, mas que em 2016 reduziu suas ações para apenas 10% do projeto SSJ100. A ideia era que a Itália fosse uma das representantes do Superjet no Ocidente, produzindo partes do avião e exportando ele.
Ainda assim, mesmo com todo esse apoio, o jato não emplacou no ocidente, sendo devolvido por seus operadores após diversos problemas.
Com o passar do tempo, quatro aviões que eram da CityJet estavam parados na Itália aguardando um novo comprador ou decisão futura da Leonardo e Sukhoi, segundo reporta o site Aero.De. Com a guerra na Ucrânia e a decisão pelas sanções, as aeronaves foram tomadas pela Guardia Finanza, que tem congelado os bens de empresas russas na Itália.
Os jatos, juntamente com parte do maquinário da Leonardo, foram apreendidos e estão estimados em €146 milhões de euros, ou R$749 milhões. Eles permanecerão sob a tutela da Guardia, mas não podem ser comercializados já que é um congelamento de bens e não confisco.
Em 2018 o AEROIN foi a primeira e única mídia de origem brasileira a voar no jato russo, veja como foi essa experiência única: