Autoridades polonesas prenderam quatro pessoas sob a acusação de envolvimento em um suposto esquema para ocultar dispositivos incendiários em remessas de carga aérea. A Procuradoria Nacional da Polônia iniciou a investigação em agosto, com base em informações da Agência de Segurança Interna do país, segundo relatos da mídia, incluindo o CBC News.
Como informou o Air Cargo News, declarações oficiais revelam planos de enviar pacotes contendo explosivos camuflados e materiais perigosos através de empresas de courier para países da União Europeia e Reino Unido. Estes dispositivos teriam a capacidade de se incendiar ou detonar espontaneamente durante o transporte terrestre e aéreo.
O grupo visava, ainda, testar o canal de transferência para tal remessa, que teria como destino final os Estados Unidos e Canadá. As autoridades continuam procurando outros dois suspeitos envolvidos na operação.
Eventos relacionados já ocorreram anteriormente. Em julho, um dispositivo incendiário foi encontrado na rede de encomendas da DHL no Reino Unido, resultando em um incêndio em um armazém da empresa em Birmingham.
Um incidente semelhante foi registrado na Alemanha, com um pacote pegando fogo em Leipzig. Esses casos estão sob investigação das polícias antiterrorismo, acreditando-se que façam parte de uma campanha mais ampla orquestrada por espiões russos em toda a Europa neste ano.
Como resultado desses incidentes, diversos países aumentaram as exigências de segurança para remessas provenientes da Europa e dos países da Comunidade dos Estados Independentes (CIS). Recentemente, a Austrália juntou-se aos Estados Unidos e Canadá ao impor requisitos de segurança mais rigorosos para cargas originárias dessas regiões.
Brandon Fried, diretor executivo da Airforwarders Association, alertou que a descoberta desses dispositivos incendiários em redes de pacotes europeias possui implicações para as cadeias de suprimento globais e economias internacionais.
Ele destacou que eventos semelhantes podem afetar as cadeias de suprimento mundiais, resultando em atrasos e cancelamentos de entregas, especialmente em períodos críticos como a temporada de festas.
