Quando vimos, no final de semana, a informação de que a paquistanesa Rayyan Air estava adquirindo, por aluguel, um Boeing 777 da Pakistan International Airlines (PIA), logo pensamos que isso criaria uma confusão. Não deu outra.
Como que num fenômeno de “telefone-sem-fio”, pouco tempo depois, várias mídias especializadas em aviação ou não, inclusive do Brasil, começaram a replicar a informação de que a Ryanair, empresa quase homônima, mas muito mais conhecida, seria a real contratante do cargueiro.
Uma busca rápida no Google mostra o equívoco ganhando espaço na mídia:
Como nasceu
A notícia foi divulgada inicialmente em várias mídias paquistanesas, como o Pakistan Today, que davam conta de que a empresa especializada em fretamentos Rayyan Air fretaria um Boeing 777 da PIA como parte de um acordo para a realização de voos cargueiros entre Islamabad e a China por quatro meses.
Apesar de ser uma transportadora certificada, com licença para operar voos charter de passageiros e carga, a Rayyan Air tem um site ultrapassado e atualmente não opera nenhuma aeronave e isso pode ter causado a confusão; também pode ter ocorrido de alguns jornalistas pensarem que a imprensa paquistanesa havia escrito o nome da empresa incorreto.
O fato é que o Boeing 777 de passageiros já está adaptado para o transporte das cargas entre Paquistão e China. Ele tem capacidade para 52 toneladas e deverá levar frutas secas, incluindo pinhões e outros.
Ao AryNews, o porta-voz, a PIA afirmou que parcerias estratégicas como essa visam a aproveitar as experiências uns dos outros e compartilhar recursos num momento em que a maior parte das aeronaves ainda estão estacionadas.
No passado, a Rayyan Air operou Boeings 747 e Airbus A310, sempre em voos fretados. Uma curiosidade é que a empresa parou de operar há um par de anos, depois que os Estados Unidos lhe impuseram sanções devido a voos alegadamente suspeitos de e para a Síria.
