A recuperação do tráfego aéreo de passageiros na América Latina e no Caribe desacelerou ligeiramente em janeiro de 2023, segundo relatório da Associação de Transporte Aéreo da América Latina e Caribe (ALTA).
De acordo com os dados fornecidos pela organização, 31,3 milhões de passageiros foram transportados na região durante o primeiro mês do ano. Isso significa que o tráfego ficou 3,6% abaixo do nível de janeiro de 2019, último ano antes do início da pandemia.
Em relação a janeiro de 2022, o número de passageiros aumentou 21%. No entanto, desacelerou em relação a dezembro daquele ano, mês em que foram transportados 32,3 milhões de passageiros na América Latina e Caribe, reporta o Aviacionline.
“Nos últimos anos, a indústria da aviação na América Latina e Caribe tem mostrado enorme resiliência e em 2022 se consolidou como a região do mundo com as melhores taxas de recuperação de passageiros”, disse José Ricardo Botelho, diretor geral da ALTA. “Os dados de janeiro deste ano refletem uma leve desaceleração da trajetória e as perspectivas desafiadoras que teremos em 2023”, explicou.
Nesse sentido, o gestor destacou que “o alto preço do combustível, as alíquotas que afetam o preço das passagens, a falta de competitividade e regulamentações ultrapassadas que não incentivam o avanço do mercado aéreo” são os principais fatores que dificultam o recuperação. “Por isso, nossa tarefa está voltada para a promoção de agendas de Estado que considerem a aviação como um setor econômico essencial”, enfatizou Botelho.
Com uma recuperação de 125%, o México superou o nível de passageiros aéreos registrado no mesmo mês de 2019. Pela primeira vez, a Argentina superou os números do último ano anterior ao início da pandemia ao registrar um movimento de 101%. O tráfego doméstico de passageiros no Brasil atingiu 93% de recuperação, enquanto no Chile chegou a 88%. Segundo dados de dezembro de 2022, o Peru alcançou uma recuperação de 94%.
A República Dominicana liderou a recuperação do tráfego internacional de passageiros na região, com 111% em relação a janeiro de 2019. Seguiu-se o México, que atingiu 116%. Ao sul do continente, Argentina, Brasil e Chile registraram desaceleração em relação a dezembro. Eles registraram 70%, 76% e 78%, respectivamente, do tráfego de passageiros de 2019. No último mês de 2022, o Peru obteve uma recuperação de 73%.
Um total de 47% dos passageiros de voos internacionais foram destinados a aeroportos na América do Norte; 39% viajaram para outros países da América Latina e Caribe, enquanto 13% voaram para a Europa. Além disso, 0,4% dos passageiros viajaram para o Oriente Médio, 0,1% para a África e outros 0,1% para a Ásia.