Na semana passada, a China sediou um dos maiores shows aéreos do hemisfério sul, em Zhuhai. Oficialmente conhecida como a 14ª Exposição Internacional de Aviação e Espaço da China, ela aconteceu na cidade portuária da província de Guangdong, no sul da China.
Mais de 740 empresas nacionais e estrangeiras de 43 países e regiões participaram da exposição no local ou online. Quem esteve presente pôde acompanhar também as demonstrações aéreas, muito focadas nos produtos chineses, desde aeronaves de caça a comerciais.
No total, segundo a mídia estatal chinesa, foram 110 aeronaves expostas. Dentre elas, uma variedade de veículos aéreos nacionais da China, incluindo o avião de combate a incêndio anfíbio AG600M, aeronaves-tanque YU-20, os caças furtivos J-20 e o primeiro grande jato chinês C919.
Desde a sua criação em 1996, o Airshow China tornou-se uma importante vitrine para apresentar tecnologias e equipamentos avançados de aviação e aeroespacial nacionais chineses e estrangeiros. Também se tornou uma plataforma internacional para promover a cooperação empresarial em tecnologias e equipamentos de aviação e aeroespacial.
A mídia estatal divulgou um vídeo (vide abaixo, esperar pelo carregamento), com destaques do evento, nas redes sociais.
Negócios para a COMAC
Durante a feira, a estatal chinesa Commercial Aircraft Corporation of China (COMAC), indústria aeronáutica responsável pelas atuais linhas de aviões comerciais chineses, informou que vendeu mais 330 aeronaves dos modelos C919 e ARJ-21, de acordo com o serviço de notícias local Yicai e reperctido pela Reuters. O anúncio não detalhou quais são os clientes.
A COMAC prevê que até 2039 mais de 40,6 mil novas aeronaves serão necessárias em todo o mundo por um valor total de cerca de US$ 5,9 trilhões. A participação dos chineses C919 e ARJ21 pode ser de cerca de US$ 732 bilhões.
O C919 também fez sua primeira demonstração em voo no Zhuhai Airshow, como mostra o vídeo abaixo.
