Em decisão esperada por toda a indústria colombiana, a autoridade aeronáutica daquele país resolveu os recursos às condições que havia imposto na aprovação do processo de integração entre a Viva e a Avianca. A decisão dá início ao prazo final de 20 dias corridos para que a Avianca se pronuncie sobre a aprovação e confirme se dará continuidade ao processo.
Caso a integração avance, a devolução dos slots deve ocorrer 48 horas após a confirmação e a Viva Air deve ser mantida como marca independente por pelo menos um ano a partir da notificação de implementação, informou o Aviacionline. Além disso, a autoridade aeronáutica imporá a partir de então o retorno das frequências na rota Bogotá-Buenos Aires a serem distribuídas entre as demais operadoras e os acordos interline deverão ser reconfirmados.
As operadoras que se opuseram ao processo receberam resposta da autoridade aeronáutica, cujo posicionamento não mudou muito: basicamente, mantêm-se as condições iniciais, afetando a atribuição de slots, atribuição de frequências e manutenção dos acordos interline.
Diante da resposta da Aerocivil, a posição da Avianca foi imediata: a empresa voltou a deixar claro que as condições atuais não são as que existiam quando o pedido de integração foi iniciado.
No mesmo tom que seu CEO, Adrián Neuhauser, havia declarado um dia antes que “a Aerocivil não reconhece que a Viva não voa mais”, a empresa reitera que as condições impostas pela resolução não permitem “uma transação realista de integração e resgate da Live.”
“A Resolução 00518 de 2023 da Aeronáutica Civil, de 21 de março de 2023, autorizou a integração mas o fez com diversas condicionantes que, a depender do caso, inviabilizam a operação da Viva no médio prazo, condenando-a ao insucesso operacional e financeiro”, disse a Avianca em comunicado.
“Durante todo esse tempo, a Avianca manteve seu compromisso de resgatar a Viva – na medida do possível – e de garantir a estabilidade do setor aeronáutico”, acrescenta, abrindo caminho mais uma vez para uma saída elegante.
Como já referimos, a pressão da empresa para conseguir uma integração sem condições não surtiu o efeito desejado e neste momento as opções são poucas: ou concretizar a entrega integral do que resta da Viva em condições que nem a autoridade aeronáutica nem os concorrentes parecem dispostos a aceitar ou retirar a oferta e abandonar a intenção de anexar a Viva.
Hoje, o preço da integração da empresa parece ser bem mais alto do que os milhões que a Avianca já investiu na Viva. O tempo está se esgotando e para a Avianca talvez seja melhor deixar para lá.