Renovado o acordo com o setor aéreo que garante gratuidade no transporte de órgãos e tecidos

Imagem: Força Aérea Brasileira

Entre 2017 e 2021, mais de 108 mil transplantes de órgãos foram realizados em todo o país. Muitos desses procedimentos só foram possíveis graças à facilidade e gratuidade oferecida no transporte aéreo de material tão delicado de uma região a outra do país. Apenas em 2021, o Brasil realizou cerca de 20 mil transplantes.

Assim, dando continuidade a essa importante ação, os ministérios da Infraestrutura (MInfra) e da Saúde informam que renovaram, nesta quinta-feira, dia 20 de outubro, o acordo de cooperação para o transporte aéreo gratuito de órgãos e tecidos para transplantes e tratamentos. Com a parceria, tem sido possível garantir qualidade de vida a milhares de brasileiros.

Além dos dois ministérios, o convênio envolve Força Aérea Brasileira (FAB), Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), operadores aeroportuários e companhias aéreas, entre outros parceiros representados durante a solenidade realizada nesta quinta na sede do MInfra.

A cooperação, que teve início em 2013, sendo renovada em 2015 e em 2017, agora foi aprimorada para ampliar o escopo e permitir a adesão de novos signatários, além de incorporar alterações que garantam mais segurança e agilidade ao transporte de órgãos, tecidos e equipes médicas para fins de transplante.

“Essa é mais uma das faces da infraestrutura, talvez a mais importante delas. Aqui, mostramos que infraestrutura não é somente desenvolvimento, integração entre as regiões, logística. É também sustentabilidade, cidadania e agora, mais do que nunca, é saúde, é salvar vidas. Com esse acordo, temos o privilégio de levar vida para onde ainda há esperança”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Bruno Eustáquio.

O secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, reforçou que a meta da cooperação é dar, cada vez mais, acesso aos meios de saúde a todos os brasileiros.

“Precisamos levar a saúde até os interiores e capitais menores, e é aí que entra a aviação, que desempenha seu papel com assertividade e eficiência”, disse. “Ver que um órgão pode ir da floresta Amazônica para o interior de São Paulo, por exemplo, muito nos emociona”, completou.

O Brasil tem um dos maiores programas públicos de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, garantido a toda população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos transplantes feitos no país. Desde 2019, cerca de 14 mil órgãos e tecidos para transplantes foram transportados via companhias aéreas e Força Aérea Brasileira.

“Essas parcerias são fundamentais em nosso Sistema Nacional de Transplantes, pois nos garantem a chegada do órgão para o transplante em segurança e no menor tempo possível. Para os pacientes, significa a esperança do recomeço da vida. No Brasil, a doação depende da autorização familiar, por isso incentivamos sempre que essa conversa aconteça no seio familiar”, apontou a secretária de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Maíra Botelho.

Por meio da pasta, o Governo Federal realiza anualmente a Campanha Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, para orientar a população e incentivar a prática que salva milhões de vidas em todo o país. A estruturação dessa logística e as facilidades no transporte aéreo auxiliam tanto a diminuir filas de espera pelos procedimentos quanto a evitar perdas de órgãos sadios.

Informações do Ministério da Infraestrutura

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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