A South African Airways ainda passa por uma grande transformação, após sobreviver à crise da pandemia “aos trancos e barrancos” – com uma forte ajuda do governo sul-africano, é verdade – e, mais recentemente, ter seu controle adquirido por um grupo privado, o Takatso Group.
Dentre as mudanças mais recentes estão a descentralização da operação, ainda que sutil, que visa passar algumas aeronaves e voos para a Cidade do Cabo – antes, a empresa tinha um único hub em Joanesburgo, e a parceria com a Kenya Airways para o desenvolvimento de uma aliança aérea pan-africana. Outra novidade deste ano foi a RFP (pedido de propostas) aberta para a ampliação da frota, que vai incorporar mais três aviões à frota atual de sete. Por fim, mas não menos importante, também estão nos planos a volta ao mercado internacional de longo curso.
As rotas ainda não foram confirmadas, mas algumas sinalizações já foram dadas pela empresa. Em uma entrevista recente ao jornal de turismo Travel News, um porta-voz da empresa disse que inclusões devem acontecer na malha intercontinental, com prioridade para Nova Iorque e Washington (EUA), São Paulo (Guarulhos) e Sydney ou Perth (Austrália). De fato, já tem mais de dois anos que o Brasil deixou de ter uma ligação com a África do Sul, já que a Latam, que também fazia a rota, suspendeu o serviço nos primeiros meses da pandemia.
O plano de reinício dos voos internacionais de longa distância, no entanto, prevê uma volta gradual e com uma abordagem conservadora, já que nas mãos de investidores, a empresa não deve se dar ao luxo de queimar dinheiro. A princípio, existia uma previsão de início de tais voos até março de 2023, mas ainda não houve nenhum movimento concreto nesse sentido. Os próximos meses darão detalhes dos próximos passos da empresa africana.
