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Revolta na Air France: anúncio de mais de 7.500 demissões gera protestos

Empresa cortará funcionários na linha principal e na regional.

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Avião Airbus A350-900 Air France
Airbus A350-900 da Air France – Imagem: Clément Alloing

A Air France confirmou que irá demitir mais de 7.500 funcionários, incluindo pessoal de sua subsidiária regional, para reduzir custos e passar pela crise do Coronavírus.

A empresa emitiu uma declaração oficial afirmando que 6.560 pessoas serão desligadas na linha principal da Air France, e pouco mais de mil na subsidiária regional HOP!.

Segundo a empresa, estão sendo perdidos 15 milhões de euros por dia por conta da demanda mínima contrastando com o excedente de pessoal, aeronaves e equipamentos. A expectativa da Air France é que a demanda volte para níveis pré-pandemia apenas em 2024.

O governo francês já se comprometeu a dar um pacote de ajuda na ordem de €7 bilhões, como parte do programa de resgate da indústria aeroespacial francesa, que incluirá a fabricante Airbus.

Revolta dos funcionários

Embraer E190 da HOP! pousa em Frankfurt

O anúncio das demissões, associado à ajuda bilionária do governo, está deixando os funcionários revoltados. Segundo entrevista dada à Reuters por Annick Blanchemin, funcionário de solo da empresa com 62 anos de idade, a situação é escandalosa. “O governo está pondo €7 bilhões na empresa, que está destruindo empregos”, protestou ele.

“Eles querem que eu me aposente, porém, se eu fizer isso agora não irei conseguir o máximo da minha aposentadoria, e não é assim que quero sair da empresa”, conclui Annick.

Funcionários da HOP! em Nantes fizeram protestos após o comunicado oficial, e greves por parte de empregados da subsidiária e da matriz são esperadas nos próximos dias.

A subsidiária regional opera com aviões Bombardier e Embraer que levam até 100 passageiros, e terá seu quadro de colaboradores reduzido em quase 50%: dos atuais 2.420, um total de 1.020 serão desligados.

Por enquanto, nada foi comentado sobre demissões na KLM, empresa holandesa que é irmã da Air France e controla 45% da holding que comanda as duas companhias aéreas e suas subsidiárias.

Inclusive o governo holandês demandou garantias de que a sua ajuda não vá para o lado francês do grupo, e rumores de uma possível dissolução da fusão já foram ventiladas, conforme você pode conferir na matéria a seguir:

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