A produção em série do novo jato russo MC-21, da Irkut Corporation, membro da United Aircraft Corporation, começará em 2025. O anúncio foi feito pelo chefe do Ministério da Indústria e Comércio, Denis Manturov.
A Irkut e a Central Aerohydrodynamic Institute (TsAGI) concluíram no mês passado testes estáticos da aeronave. Durante o último ciclo de testes, realizado nos estandes da TsAGI, foram confirmadas as características de resistência da aeronave, abrindo caminho para o início da produção em série.
O MC-21 é uma aeronave de médio curso de nova geração, com capacidade de 163 a 211 passageiros, que a Rússia espera usar para substituir o Boeing 737 e o Airbus A320 e suas empresas aéreas locais. Entre as novidades, traz uma asa com maior envergadura e fabricada em materiais compósitos, algo inédito no segmento.
Além disso, os motores Aviadvigatel PD-14, de origem nacional, que irão conduzir o MC-21, competem em consumo de combustível, níveis de ruído e emissões de substâncias nocivas com a mecânica ocidental da mesma categoria.
Para esse fim, no âmbito do programa estratégico da Federação Russa, novas oficinas estão sendo construídas para aumentar a produção em massa do MC-21 na fábrica de Irkut, na cidade de Irkutsk, no sul da Rússia.
As indústrias de montagem mecânica e de acessórios, entre outras, vão se expandir. As obras serão realizadas na segunda parte do plano e serão implantadas em 75 hectares de terreno pertencentes à fábrica, informa o site Aviacionline.
Nesta unidade, além do MC-21, será feita a montagem do Tu-214, cuja produção está prevista para 20 unidades por ano a partir de 2027. Haverá também fundição, estações de usinagem, tornearia e fresadoras. Da mesma forma, serão fabricados drones (veículos aéreos não tripulados ou UAVs) e serão produzidas peças de reposição para helicópteros.
Uma das tarefas do cluster será promover a substituição de importações em um setor estratégico como o setor aéreo. “É do interesse da República que a produção de componentes nacionais seja o mais próximo possível das fábricas onde são utilizados”, respondeu o ministério.
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