Rússia estaria criando grupo de ataque aéreo de elite para operar sobre a Ucrânia

Imagem: Dmitry Terekhov / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia

O Ministério da Defesa do Reino Unido informou que a Força Aérea Russa criaria uma unidade de “elite” especializada em ataque terrestre para melhorar suas capacidades ofensivas contra valiosos alvos ucranianos, relatou o Aviacionline.

De acordo com os serviços de inteligência britânicos, o grupo de aviação de elite, denominado ” Shtorm ” (jogo de letras para se referir a “tempestade”), provavelmente seria composto por pelo menos uma unidade de caças-bombardeiros Su-24 FENCER e Su-34 FULLBACK e uma unidade de helicópteros de ataque.

“A mistura de tipos de aeronaves sugere que o grupo será encarregado principalmente de missões de ataque ao solo”, sugere o Ministério da Defesa do Reino Unido em um post.

Com base em relatórios credíveis da mídia russa, a inteligência britânica afirma que o Ministério da Defesa russo pretende atrair pilotos altamente qualificados e motivados, oferecendo-lhes grandes incentivos salariais e abrindo a contratação de aviadores aposentados.

Segundo a interpretação feita pelos britânicos dessa informação, o alto comando militar russo estaria insatisfeito com o desempenho demonstrado até então por sua Força Aérea (VVS), principalmente em sua função de atacar alvos ucranianos no solo, abaixo do desempenho esperado.

Se os relatórios estiverem corretos, isso seria um reconhecimento russo implícito de que sua aeronave de combate tecnologicamente mais avançada e quantitativamente muito superior à sua contraparte ucraniana não correspondeu às expectativas e não teve impacto significativo nas operações terrestres até o momento, provando-se particularmente vulnerável a MANPADS e defesa aérea de baixo nível.

Embora seja verdade que o VVS modificou suas táticas e está introduzindo novas armas guiadas para poder operar com mais segurança contra mísseis antiaéreos ucranianos, ainda está longe de estabelecer o domínio aéreo sobre o teatro operacional e fazer pender a balança em favor de o Kremlin nos confrontos que acontecem em terra.

O “Shtorm” pode ser o primeiro passo na reformulação doutrinária da Força Aérea Russa, baseada não em modelos hipotéticos, mas em duras lições de guerra.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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