A Rússia está em guerra na Ucrânia, sancionada por todos os países desenvolvimentos do Ocidente e com dificuldades de fazer negócios com a maior parte do mundo. Ainda assim, a fabricante estatal Rostec, que é 92% de propriedade do governo local, fez uma fotomontagem e divulgou em seus canais, mostrando como ficariam seus aviões MC-21 nas pinturas da American Airlines (Estados Unidos) e Lufthansa (Alemanha).
Junto com a foto, a Rostec comentou que, se a American Airlines quiser, poderá estar voando com tal aeronave dentro de 5 a 10 anos. A chance disso acontecer, no entanto, é nula, mas a zombaria ganhou engajamento nas redes, ajudando na divulgação da aeronave, tida como o principal feito da indústria aeronáutica russa no século 21, até agora.
Em comparação com seus concorrentes ocidentais, o MC-21 terá uma configuração de duas cabines com capacidade para 132 a 163 passageiros, menor que um Boeing 737 MAX 8 e um Airbus A320. Além disso, o alcance do MC-21 é de 3.200 a 3.500 milhas náuticas, menos do que o 737 MAX e o A321XLR.
O MS-21 tem uma janela maior, bagageiros espaçosos e a fuselagem mais larga da classe de aeronaves de médio curso, que é de 4,06 m. A cabine espaçosa permite que os viajantes se movimente mais livremente pela aeronave durante o voo, no embarque e desembarque.
No entanto, embora o esforço de vendas, a esmagadora maioria dos MC-21 que serão produzidos deve ficar mesmo na Rússia, sobretudo na Aeroflot. A Rostec diz que tem 175 pedidos do modelo e a única cliente estrangeira até agora é a Azerbaijan Airlines. A chance de empresas ocidentais adquirirem a máquina russa vai depender de economia de custos e uma guinada radical no suporte de pós-venda (ponto fraco dos russos), isso se as sanções caírem.
