O governo russo injetou em suas empresas centenas de bilhões de rublos para financiar a compra e aluguel de novos jatos comerciais.
O investimento de ₽237 bilhões de rublos, equivalentes à R$16 bi, servirá para o financiamento do setor aeroespacial interno, visando principalmente as empresas aéreas que já há um ano, desde a invasão da Ucrânia, não podem contar com equipamento ocidental.
A decisão foi tomada no último dia 16 e irá destinar os recursos do fundo soberano do governo (uma espécie de reserva estratégica) para a Avia Capital Services e a GTLK, duas empresas estatais de leasing, que irão comprar os aviões diretamente das fabricantes russos através da estatal Rostec, que entregará as aeronaves para as empresas aéreas do governo, principalmente.
Segundo a Aviation Week, serão 81 aviões e 107 helicópteros para serem entregues entre este ano e 2026. A maior parte deles faz parte de um pacote de 63 jatos para a Aeroflot e as subsidiárias Pobeda e Rossiya. Serão 34 jatos regionais Sukhoi Superjet 100, 18 aviões Irkut MC-21 e 11 aeronaves Tupolev Tu-214. Atualmente apenas o Superjet é operado pelo Grupo Aeroflot na companhia mãe.
No passado o Tu-204, antecessor do Tu-214, foi operado pela Aeroflot, mas saiu da frota em 2005 para dar lugar à aeronaves ocidentais mais modernas, como o Airbus A321.
O MC-21 é o que está mais próximo de ser entregue, já com componentes nacionalizados. Já o Tu-214, que teve a produção encerrada no meio da década passada, voltará a ser fabricado em Kazan ainda este ano. A Sukhoi que está em condição mais apertada, já que tem até o final do ano para nacionalizar o Superjet 100 e começar a entregar as aeronaves.