Rússia já teria identificado os militares responsáveis por abater jato Embraer de passageiros

Detalhes da investigação envolvendo o abate do avião Embraer E190 da Azerbaijan Airlines foram revelados e confirmam novamente a responsabilidade russa. É esperado que na próxima semana seja divulgado o relatório preliminar do caso, que completa um mês amanhã, 25 de janeiro. O jato E190-E1 da AZAL estava com 67 pessoas a bordo, sendo que 38 faleceram.

As novas informações vieram da própria Rússia, que durante sua investigação já teria confirmado que de fato uma bateria antiaérea de mísseis Pantsir-S1 abateu o jato “por engano”, e que antes disso os próprios militares russos utilizaram equipamentos para fazer embaralhamento de sinais de GPS, o chamado jamming.

A informação foi amplamente divulgada por jornais do Azerbaijão e também por fontes independentes no Twitter e Telegram, e confirmada pela Euronews. A Rússia já teria identificado o soldado que de fato disparou o míssil contra o avião e também o responsável pela autorização de disparo, que por procedimento padrão não fica dentro do caminhão Pantsir, e sim num posto de comando móvel.

Na divulgação do relatório preliminar, não é esperado que conste quais motivos levaram à suposta confusão dos militares russos, que teriam confundido o avião comercial com um drone ucraniano. Porém, por pressão do próprio Azerbaijão, é possível que o governo da Rússia admita (ainda que parcialmente) a culpa e puna os dois envolvidos, visando preservar a parceria com seu antigo aliado e dar um fim ao assunto.

O presidente azeri já declarou que, caso Putin não puna os responsáveis, ele denunciará o caso para cortes internacionais até que os militares sejam presos.