A Rostec, estatal que controla a United Aircraft Corporation (UAC), iniciou discussões com companhias aéreas para avaliar a real demanda por novas aeronaves até 2030.
Segundo estimativas preliminares, a Rússia precisará fabricar pelo menos 200 aviões para substituir modelos estrangeiros que serão retirados de operação, afirmou Serguei Chemezov, chefe da Rostec, durante o congresso da União Russa de Industriais e Empresários (RSPP), como informa a agência de notícias russa Interfax.
Demanda pode ser ainda maior
“Hoje ainda não podemos definir um número exato, pois estamos apenas começando as discussões com as companhias aéreas. Mas acredito que serão necessários cerca de 200 aviões no mínimo para substituir os jatos estrangeiros que estão em operação atualmente”, declarou Chemezov. Ele destacou que o número pode ser revisado e ampliado conforme a necessidade do setor.
A revisão está sendo considerada dentro da Programa Integrado de Desenvolvimento da Aviação Civil (KPGA), que já passou por ajustes devido a mudanças no cenário global. Inicialmente, a previsão era a produção de 994 aeronaves civis até 2030, incluindo 592 aviões da UAC, como os modelos Superjet 100 (SJ-100), MC-21, Ilyushin Il-114-300, Tupolev Tu-214 e Ilyushin Il-96-300.
Revisão da meta será feita em 2025
Chemezov lembrou que a KPGA foi formulada em 2022, em meio a um período de incertezas devido às sanções internacionais impostas à Rússia. Na época, não havia clareza sobre o futuro da aviação comercial no país, o impacto das sanções no fornecimento de aeronaves estrangeiras e na disponibilidade de peças de reposição, o que exigiu ações emergenciais.
O primeiro vice-primeiro-ministro russo, Denis Manturov, já havia afirmado em setembro que os planos de produção de aeronaves comerciais no país serão revisados em 2025, à medida que os trabalhos de certificação se aproximarem da conclusão.
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