Ryanair diz que estratégia da Lufthansa de fazer ‘voos fantasmas’ é uma farsa

A companhia aérea irlandesa Ryanair, por meio de seu polêmico CEO, Michael O’Leary, enviou comunicado à Comissão Europeia pedindo para esta não dê ouvidos às alegações da Lufthansa sobre a realização de 18.000 “voos fantasmas” apenas para manter seus slots e se proteger da concorrência de companhias aéreas de baixo custo.

Segundo relata o Business Traveller, para O’Leary a estratégia por trás de operar voos vazios é manter o alto preço das passagens à custa do contribuinte alemão, já que o estado dedicou recursos na salvação da empresa aérea em meio à pandemia. Para o executivo da Ryanair, a Lufthansa poderia vender os lugares destes ‘voos fantasmas a preços mais baratos, mas não o faz propositalmente.

“A razão pela qual a Lufthansa reclama de operar ‘voos fantasmas’ não é a preocupação com o meio ambiente, mas sim a intenção de continuar mantendo seu programa de slots, do qual perde, evitando a concorrência e limitando a oferta ao consumidor”, disse O’Leary.

A companhia aérea irlandesa pediu à Comissão Europeia que obrigue a Lufthansa e outras companhias aéreas subsidiadas pelo Estado a liberar os slots que não querem usar para que os “caça-fantasmas” que apostam em tarifas baixas como Ryanair, entre outros, possam oferecer opções e tarifas mais barato nesses aeroportos centrais.

Essa disputa é muito interessante, pois são modelos de negócio distintos competindo fortemente entre si pelo mesmo mercado.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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