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Ryanair está chateada com a Boeing pelo atraso nas entregas do 737 MAX 8200

Ryanair 737-MAX 8200

Quando a Ryanair estava prestes a receber seu primeiro Boeing 737 MAX, há poucas semanas, a fabricante americana suspendeu as entregas devido a um problema de cabeamento elétrico da famigerada aeronave. O que no começo foi paciência, agora é frustração para a empresa low-cost europeia, que teme não receber seu primeiro MAX antes do verão no hemisfério norte (meio do ano), disse o CEO do grupo Michael O’Leary à Reuters.

Ao que tudo indica, a Boeing deverá resolver o problema em pouco tempo e reiniciar as entregas e isso faz a Ryanair acreditar que seus novos jatos, com maior capacidade e mais econômicos, chegarão a tempo de serem empregados na alta temporada e, assim, potencializar o resultado da empresa.

A Ryanair é o maior cliente europeu do MAX, com 210 pedidos firmes para o modelo MAX 8200, que tem 197 lugares e foi desenvolvido sob medida para a low-cost. O objetivo da companhia é receber 16 aeronaves até o verão, em comparação com uma previsão anterior de 40.

“Agora nos contam que a primeira unidade será entregue no final de maio. Não tenho certeza se acreditamos necessariamente nisso”, disse O’Leary em uma apresentação pré-gravada após a divulgação dos resultados anuais da empresa.

“Como a equipe de liderança de Seattle continua a administrar mal esse processo, acho que há um risco real de não vermos nenhum desses aviões antes do verão de 2021”, completou o, sempre direto, executivo.

MAX 8200

Já vimos falando desse modelo há alguns anos aqui no AEROIN, pois é um excelente exemplo de como a indústria aeronáutica se adapta às necessidades das empresas aéreas e características dos mais diversos mercados. Na verdade, a versão 8200 não apresenta nenhuma mudança de dimensões externas em relação ao 737 MAX 8, mas tem modificações de cabine que a tornam uma aeronave capaz de levar mais passageiros com segurança.

Basicamente, esta aeronave tem portas de saída a mais para garantir a evacuação segura de um maior número de passageiros em caso de acidentes e incidentes, podendo acomodar até 200 assentos (daí o nome 8200), graças ao espaço reduzido para 28 polegadas (71 cm) entre eles. Todo esse “aperto” permite que essa variante seja 5% mais econômica por assento e com um custo operacional apenas 1% maior em comparação com MAX-8.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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