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Ryanair vai investir US$ 3 bilhões na aviação comercial ucraniana depois que a guerra acabar

Avião Boeing 737-800 Ryanair
Imagem: Dirk Vorderstraße / CC BY, via Wikimedia

A Ryanair apresentou esta semana o seu plano para reconstruir a indústria da aviação ucraniana após o conflito com a Rússia. Em reunião com o Vice-Primeiro Ministro da Restauração da Ucrânia e Ministro das Infraestruturas, Oleksandr Kubrakov, a empresa propõe um investimento de mais de 3 bilhões de dólares para revitalizar o setor.

A companhia aérea de baixo custo visitou os principais aeroportos do país, Kiev, Lviv e Odesa, onde a equipe de gestão liderada por Michael O’Leary se reuniu com as entidades gestoras. Especial atenção foi dada ao Aeroporto Internacional de Boryspil, em Kiev, que estendeu o convite à Ryanair. 

Durante a visita ao aeroporto, inspecionaram as instalações, verificando o que definiram como “excelente estado das infraestruturas aeroportuárias e a sua total disponibilidade operacional para retomar os voos quando for seguro”, reportou o Aviacionline.

“A Ryanair continua a ser um parceiro empenhado na reconstrução e investimento da aviação da Ucrânia. Hoje vimos que, nas condições mais difíceis da guerra, a equipe do aeroporto de Boryspil demonstra o seu profissionalismo e está totalmente preparada para o recomeço dos voos o mais rapidamente possível”, disse Michael O’Leary, CEO do Grupo Ryanair, em Kiev.

Ele acrescentou ainda: “A Ryanair era a segunda maior companhia aérea da Ucrânia antes da invasão ilegal da Rússia em fevereiro de 2022. Assim que os céus da Ucrânia forem reabertos à aviação comercial, a Ryanair retornará à Ucrânia conectando os principais aeroportos ucranianos com mais de 20 capitais da UE e estamos trabalhando em estreita colaboração com o governo ucraniano para reconstruir a aviação, a indústria e a economia da Ucrânia”.

O plano da Ryanair inclui operar 600 voos semanais a partir dos aeroportos de Kiev, Lviv e Odessa, bem como estabelecer rotas domésticas entre estas cidades. A companhia aérea planeja oferecer mais de 5 milhões de assentos de ou para a Ucrânia nos primeiros 12 meses após a guerra, aumentando para 10 milhões em 5 anos. Para levar a cabo esta ambiciosa operação, a empresa vai basear 30 Boeing 737 MAX no país.

Oleksandr Kubrakov, Ministro das Comunidades, Territórios e Desenvolvimento de Infraestrutura da Ucrânia, observou: “Manter a operacionalidade da infraestrutura da aviação e a qualificação profissional do pessoal continua sendo vital para nós em condições de guerra. Entretanto, o reinício dos voos será possível assim que a situação de segurança o permitir.”

“No entanto, já estamos trabalhando em soluções e planos de investimento para que os aviões retomem seus voos rapidamente. Agradeço a liderança na recuperação da nossa indústria da aviação, as propostas e decisões concretas da Ryanair, um parceiro leal da Ucrânia”, completou Kubrakov.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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