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Periodicamente vemos o Antonov AN-124 Ruslan se destacando em missões pelo mundo todo em seu papel de importante transportador de cargas grandes ou de alto peso concentrado, impossíveis de se levar nos aviões comerciais das demais fabricantes.
Tendo sido por muito tempo o maior avião cargueiro do mundo em capacidade de carga, perdeu o posto apenas quando seu irmão maior AN-225 Mriya foi construído. Este, porém, teve apenas uma unidade fabricada, de forma que o AN-124 segue até hoje como o maior cargueiro já produzido em série.
E se hoje o Ruslan se destaca nessas missões especiais de transporte que sempre apresentamos aqui no AEROIN, e se tornou ainda mais ativo nestes tempos de alta demanda da pandemia por sua capacidade de 150 toneladas ou 1050 metros cúbicos, saiba que ele poderia ter tido uma versão ainda mais notável em operação.
Segundo planos da fabricante ucraniana de meados de 2003, divulgados na época pelo portal Flight Global, o Ruslan poderia ter ganhado uma nova versão mais longa, com maior envergadura e de alcance muito maior.
A ideia da Antonov era desenvolver o AN-124-300, uma variante que, além de ser um pouco maior do que os existentes -100 e -200, faria uso de tecnologias do gigante AN-225 para ser mais moderno e eficiente.
O -300 teria 5,9 metros a mais de comprimento do que os atuais 69,1 metros, elevando seu volume interno para 1300 metros cúbicos. Sua já notável envergadura também aumentaria, ganhando 6,6 metros para chegar aos 79,9 metros.
Embora a capacidade fosse ser mantida nas 150 toneladas que as versões modernizadas atuais já são capazes de suportar, a nova motorização do Ruslan elevaria o alcance dos 2.820 km para 8.100 km, ou, para uma carga reduzida de 120 toneladas, o aumento seria dos 4.700 km para notáveis 10.000 km.
No fim, os planos não foram levados adiante, e apenas os Ruslan originais continuam operando, embora tenham ganhado atualizações de motorização e sistemas. A própria designação de AN-124-300 acabou sendo utilizada para uma modificação militar encomendada pela Força Aérea da Rússia.
Imagine como seria bonito ver um AN-124 com envergadura ainda maior do que a já chamativa dimensão de suas grandes asas!
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