Sanções na Belavia são como a ‘mordida de um banguela’, diz chefe da aviação bielorrussa

O setor de aviação civil não deve ser politizado, disse Artyom Sikorsky, diretor de aviação do Ministério de Transporte e Comunicações da Bielorrússia, ao canal estatal de propriedade da Bielorrússia ONT TV em 10 de junho.

“As sanções que os europeus nos impuseram são como uma ‘mordida desdentada’. É desagradável e nojento, mas não doloroso”, disse ele, citado pela agência de notícias BelTA. Segundo ele, a União Europeia estava causando problemas principalmente para as pessoas comuns, não apenas na Bielorrússia, mas em muitos outros países.

“Claro, as sanções são prejudiciais. Além disso, elas causam danos a todas as partes. Mas podemos dizer que a situação é catastrófica? Na verdade, a situação na aviação agora é a mesma de 2020, quando o coronavírus começou”, disse Sikorsky. “Acredito que, quando nossos colegas europeus introduziram as sanções, eles nem perceberam totalmente o que haviam feito. Afinal, é absolutamente errado politizar as questões de segurança da aviação”.

Conforme relatado anteriormente, Bruxelas formalizou uma proibição em todo o bloco que impede a sobrevoo de companhias aéreas bielorrussas. A decisão veio após o desvio forçado, em 23 de maio de um voo da Ryanair, seguido pela prisão de dois oposicionistas do governo que estavam a bordo.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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