
O secretário de Transportes da Argentina, Franco Mogetta, fez uma séria acusação contra membros da equipe da Aerolíneas Argentinas na tarde de quinta-feira (26). Em um post no Twitter, Mogetta afirmou que, durante um voo do Aeroparque-Jorge Newbery para San Fernando del Valle de Catamarca, a bagagem de seus familiares foi deliberadamente identificada e desapareceu.
Como informa o Aviacionline, ele sugeriu que esse ato foi uma retaliação pela recente desarticulação de “máfias que manuseiam a bagagem dos argentinos nos aeroportos”. O secretário afirmou: “Detectamos funcionários roubando e os demitimos por justa causa”, referindo-se a uma situação anterior que envolveu trabalhadores da Intercargo, que foi relatada dias antes.

É importante ressaltar que a Intercargo não é responsável pela bagagem da Aerolíneas Argentinas, mas fornece serviços a aeronaves. A acusação de Mogetta reflete um clima de tensão entre o governo e os sindicatos da aviação, especialmente em um momento em que ele tem liderado uma luta contra os sindicatos que exigem reajustes salariais e se opõem à desregulamentação do setor aéreo na Argentina.
Em um discurso feito no Dia da Aviação Argentina, celebrado no início deste mês, Mogetta destacou: “Não vamos permitir nem ceder aos métodos de extorsão e bandidos que têm sido obstáculos permanentes ao desenvolvimento do país. Vamos continuar modernizando o sistema de companhias aéreas comerciais. Não importa quem caia, não vamos permitir que esses três ou quatro senhores impeçam o crescimento do país.”
A situação traz à tona a delicadeza dos conflitos de interesse e as birras entre o governo e os trabalhadores da aviação, evidenciando as investigações em curso sobre práticas corruptas e a necessidade de reformulação no setor aéreo argentino.
Espera-se que esse episódio provoque vistas sobre a gestão de bagagens e a responsabilidade das empresas aéreas e prestadoras de serviços associados, além de incentivar um debate mais amplo sobre práticas éticas na aviação.