O povo do Japão lembrou na sexta-feira, 12 de agosto, as vítimas de um dos maiores desastres da história da aviação civil – a queda de um Boeing 747 da Japan Airlines (JAL) em 1985. Como resultado da tragédia, 520 passageiros morreram, apenas quatro conseguiram sobreviver.
Devido à situação do coronavírus, pelo terceiro ano consecutivo, apenas parentes das vítimas do desastre participam de eventos. Na quinta-feira à noite, eles lançaram 520 lanternas de papel cheias de velas em um rio na província de Gunma e, na manhã de sexta-feira, subiram ao topo do Monte Otsutaka para homenagear as vítimas no local do acidente.
Às 18h56, horário local (12h56, horário de Moscou) – hora exata da queda do Boeing – foi anunciado um minuto de silêncio no sopé da montanha onde está instalada a lápide memorial.
Após a tragédia ocorrida há 37 anos, o governo japonês realizou uma investigação, durante a qual foi constatado que a causa do acidente foi um defeito técnico feito pela empresa americana Boeing durante os reparos.
As autoridades investigadoras decidiram que, sob as regras de inspeção então válidas, os especialistas da JAL não podiam detectar problemas com antecedência, portanto, nenhum caso criminal foi aberto. Os familiares das vítimas exigiram repetidamente uma nova investigação e punição dos responsáveis.
O voo 123 é o pior desastre aéreo da história japonesa. Este é o segundo acidente mais fatal deste tipo de aeronave e o segundo mais fatal na história da aviação após a colisão de dois Boeing 747 em Tenerife em 1977. Agosto de 1985 foi o mês mais mortífero na história da aviação civil (excluindo os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos) – um total de 743 pessoas morreram em 11 acidentes.
