Seleção de futebol fica sem ter como voltar para casa após avião fretado não aparecer

Uma empresa aérea da Zâmbia teve que pedir desculpas ao governo local depois de falhar na prestação de um serviço de fretamento que levaria uma delegação de autoridades do país para assistir a uma partida de futebol na Costa do Marfim. O jogo, válido pelas eliminatórias da Copa Africana de Nações do próximo ano, aconteceu na última sexta-feira (3) e a Zâmbia perdeu de 3 a 1 para os donos da casa.

O site Zambia Football cita que a Mahogany Air havia sido contratada para fretar uma aeronave Boeing 737-500 ao custo de US$ 224.000 para a Zâmbia, a qual levaria uma delegação do governo, incluindo jornalistas, assim como transportaria para casa a seleção nacional após o evento. No entanto, os planos saíram do controle e a seleção teve que se virar para conseguir voltar ao seu país.

Falando em uma entrevista coletiva na capital Lusaka, em 8 de junho, o diretor administrativo da Mahogany Air, Jim Belemu, explicou que o Boeing fretado de terceiros não conseguiu decolar de Joanesburgo para a Zâmbia, de onde partiria, devido a problemas técnicos. Ele disse que a aeronave teve uma falha que resultou em três voos de teste, mas não pôde ser corrigida a tempo. 

Consequentemente, a companhia tomou a decisão de cancelar o voo. “A segurança tem que ser a número um”, explicou. Às pressas, a Mahogany correu para encontrar uma outra aeronave e levar a seleção para casa, com muitas horas de atraso. Belemu justificou a situação, dizendo que houve “total falta de comunicação” por parte da companhia aérea subcontratada para o voo.

No entanto, parece que nem todo mundo ficou satisfeito com a solução encontrada. Como o voo teria jornalistas, então o assunto ganhou repercussão e visibilidade no país. O relato recente da mídia da Zâmbia diz que o governo está exigindo um reembolso e compensação pelas despesas incorridas. Ele disse que os devidos processos de aquisição foram seguidos, mas a Mahogany Air não conseguiu entregar o voo no prazo. 

“Ficamos muito desapontados que o serviço não foi prestado como esperado. O único consolo foi que outro avião foi providenciado pela Mahogany Air”, disse ele.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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