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Sem aviões da Mitsubishi, JAL quer jatos Embraer E2 ou Airbus A220

Uma renovação de frota está no radar de uma das empresas aéreas de bandeira do Japão, num movimento que abre novas oportunidades para a Embraer.

Atualmente, a subsidiária regional da JAL, a J-AIR, opera com 32 jatos regionais brasileiros, dos modelos Embraer E170 e E190 de primeira geração, levando de 76 até 95 passageiros respectivamente. Os planos inicias eram substituir esses equipamentos por japoneses, feitos pela Mitsubishi Aerospace, do mesmo grupo da fabricante de carros off-road, que inclusive fabrica caças desde a Segunda Guerra.

No entanto, os atrasos e subsequente paralisação do Mitsubishi Regional Jet (MRJ), rebatizado de SpaceJet, estão fazendo com que a JAL não queira esperar para receber os 32 jatos M90. Assim, a empresa está considerando renovar sua frota com uma grande encomenda no próximo ano ou em 2024 para substituir tanto os Embraer E1 e os Boeings 767, os últimos são utilizados amplamente em rotas domésticas de alta densidade no Japão.

“Nós temos uma grande frota de aviões 787, então se for um Airbus A321neo ele pode ser bem usado na Ásia também, não olhamos ainda para uma decisão completa”, afirmou Ross Leggett, Chefe de Marketing, Relações Internacionais e Alianças da JAL, à Reuters durante a IATA AGM 2022.

Segundo o executivo, o Boeing 767 pode ser substituído tanto pelo 787 ou pelo A321neo, mesmo que sejam aeronaves bastante diferentes e que não competem entre si diretamente, e que provavelmente nunca estiveram juntas numa ‘briga’ por uma empresa aérea.

Por outro lado, na frota regional, os jatos A220 também da Airbus e os E2 da Embraer estão no radar da empresa. Um combo de aeronaves A321neo e A220 tem sido escolhido por várias outras companhias aéreas e pode ser um empecilho para a fabricante brasileira que, por outro lado, tem a vantagem de já ter a JAL como sua cliente.

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