A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal está programada para votar, nesta terça-feira (10), o projeto de lei que autoriza a criação da Alada, uma nova empresa pública brasileira destinada a projetos aeroespaciais (PL 3.819/2024).
Esta iniciativa, proveniente do Poder Executivo e já aprovada pela Câmara dos Deputados em novembro, apresenta a Alada como a responsável por executar grandes projetos no setor, incluindo o desenvolvimento de satélites, foguetes e outras tecnologias aeroespaciais.
O projeto aguarda o parecer do relator, senador Esperidião Amin (PP-SC). A Alada será estruturada como uma subsidiária da NAV Brasil, empresa estatal voltada para serviços de navegação aérea criada em 2020, vinculada ao Ministério da Defesa. A NAV Brasil, por sua vez, foi criada para assumir funções que eram da Infraero, como operação de radares e medição meteorológica.
O governo destaca que a Alada será estratégica para o Brasil, ajudando o país a alcançar a autossuficiência em materiais aeronáuticos, espaciais e bélicos, além de tecnologias sensíveis utilizadas nas indústrias aeronáutica e de defesa. A criação da empresa também visa otimizar a atuação do Comando da Aeronáutica, especialmente no controle do espaço aéreo e navegação.
A proposta prevê a contratação de pessoal técnico e administrativo por tempo determinado, permitindo que servidores públicos e militares sejam cedidos para atuar na empresa. Além disso, a implementação dos projetos será financiada com recursos do Fundo Aeronáutico, com foco em iniciativas de interesse do Comando da Aeronáutica.
A decisão de criar a Alada reflete uma estratégia de fortalecimento da capacidade do Brasil em competir e inovar no setor aeroespacial, buscando consolidar sua presença e influência no desenvolvimento de tecnologias críticas e avançadas.