A companhia aérea Hong Kong Airlines teve sete aviões ociosos apreendidos depois que não efetuou pagamentos de suas dívidas, disseram autoridades nessa terça-feira, 17 de dezembro.
A empresa aérea enfrenta uma longa crise causada pela queda no número de turistas em função das protestos que assolam Hong Kong e esvaziam os aeroportos.
O CNA informou que a Autoridade Aeroportuária anunciou a apreensão dos aviões através de uma portaria que trata das cobranças em atraso. “A Autoridade Aeroportuária entende que as aeronaves detidas não foram operadas para o serviço de passageiros nos últimos meses”, disse um porta-voz.
A regra permite ao regulador aéreo apreender aviões por falta de pagamento de taxas, e define que as aeronaves podem ser vendidas após 60 dias se a dívida não for liquidada.
A Hong Kong Airlines, que possui uma frota de 39 aviões, disse que as aeronaves apreendidas não estavam atualmente operando rotas de passageiros. “Nossa operação continua normal”, disse a transportadora em comunicado.
Apesar de terem sido aeronaves paradas, as apreensões aprofundam as preocupações com a saúde da Hong Kong Airlines. A empresa pertence ao conglomerado chinês HNA Group, que tem procurado reduzir seu ônus da dívida.
A companhia aérea já enfrentava dificuldades financeiras no início do ano, até ser atingida por uma queda acentuada de turistas em Hong Kong, enquanto a cidade convulsiona após seis meses de protestos violentos.
No início deste mês, os reguladores ameaçaram suspender sua licença, a menos que encontrasse novas receitas em dinheiro depois que a empresa anunciou que estava atrasando alguns pagamentos de salário aos funcionários.
O grupo HNA encontrou uma injeção de fundos de última hora, no valor de US$568 milhões, que parecia uma sobrevida à Hong Kong Airlines, apesar de não ter sido especificado o montante que poderia ir para a companhia. Mas a decisão de hoje mostra que a situação ainda passa longe de estar bem encaminhada.