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Setor aéreo foi um dos que mais gerou empregos nos últimos 12 meses no Brasil

Comissários da Itapemirim

O setor aéreo foi um dos setores que mais teve destaque na geração de vagas de trabalho em meio à pandemia da Covid-19, de acordo com recente pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), confirmando os sinais de nova retomada da aviação comercial brasileira.

A partir da análise do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no período de 12 meses encerrados em maio de 2021, a CNC revela que ocupações relacionadas à aviação figuram no ranking das profissões com maiores avanços, como engenheiros aeronáuticos (aumento de 20,8% em relação ao estoque de postos de trabalho de maio de 2020), comissários de voo (+ 13,5%), operador de atendimento aeroviário (+ 11,7%) e agente de viagem (+ 10,3%).

O levantamento da CNC avaliou o desempenho recente do saldo de vagas celetistas (vinculadas à CLT), considerando mais de 2.500 profissões.

“No estudo observamos a oferta de vagas no setor aéreo para níveis de especialização bem distintas, o que dá uma certa robustez na recuperação do setor. É diferente de você demandar uma quantidade de vagas para uma atividade específica que não exige muita qualificação. Como esta pesquisa mostra uma variedade de especializações nessas vagas observadas é um indício forte de que o setor já começou a se recuperar e que tem uma expectativa bastante positiva para o decorrer deste ano”, disse o economista da CNC e coordenador do estudo, Fabio Bentes.

Bentes recorda que, entre o fim de fevereiro e o início de maio do ano passado, a retração na demanda por serviços de transporte aéreo levou a uma redução de 92% no fluxo de aeronaves nos 34 maiores aeroportos do Brasil. Consequentemente, o Caged registrou um saldo negativo de 9.242 mil postos de trabalho no setor aéreo entre abril e novembro de 2020 – perda equivalente a 14,9% da força de trabalho do setor.

Com o início da flexibilização no fim do primeiro semestre de 2020, a demanda voltou a reagir favoravelmente até que o recrudescimento da pandemia na virada de 2020 para 2021 provocou nova retração no fluxo de aeronaves.

“Apesar da base comparativa excepcionalmente baixa de maio do ano passado, o volume de receitas no setor aéreo é o que mais tem crescido no setor terciário, avançando 116% nos últimos 12 meses encerrados em maio, mas situando-se ainda 29% abaixo do nível pré-pandemia, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE”, observa Bentes.

Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a presença de profissionais ligados ao setor aéreo no ranking das profissões com maiores altas surpreende e sugere uma expectativa mais favorável para o setor nos próximos meses.

“O transporte aéreo foi um dos setores que reagiram mais rápida e negativamente à primeira onda da pandemia no segundo trimestre do ano passado e nos três primeiros meses deste ano. Acreditamos que poderá ocorrer uma reação significativa desse setor nos próximos meses, caso haja continuação na redução de contaminações geradas pela pandemia”, observa José Roberto.

Com informações da ABEAR e da CNC

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