Início Mercado

Shell cessa o fornecimento de combustível de aviação na Rússia

Imagem: Gazpromneft-Aero

A gigante petrolífera Shell anunciou ontem (8) sua decisão de se retirar do mercado de hidrocarbonetos russos, incluindo petróleo bruto, produtos petrolíferos, gás e gás natural liquefeito (GNL) de maneira faseada, alinhada com as novas orientações do governo dos EUA. Como primeiro passo imediato, a empresa interromperá todas as compras à vista de petróleo bruto russo, fechará seus postos, deixará de fornecer combustíveis de aviação e lubrificantes na Rússia.

“Estamos perfeitamente cientes de que nossa decisão na semana passada de comprar uma carga de petróleo bruto russo para ser refinado em produtos como gasolina e diesel não foi a correta. Como dissemos, comprometeremos os lucros das quantidades limitadas e restantes de petróleo russo que processaremos para um fundo beneficente. Vamos trabalhar com parceiros de ajuda e agências humanitárias nos próximos dias e semanas para determinar onde o dinheiro deste fundo pode ser melhor colocado para aliviar as terríveis consequências que esta guerra está tendo sobre o povo da Ucrânia”, disse o CEO da Shell, Ben van Beurden.

“As ameaças atuais de interromper os fluxos de oleodutos para a Europa ilustram ainda mais as escolhas difíceis e as possíveis consequências que enfrentamos ao tentar fazer isso. Esses desafios sociais destacam o dilema entre pressionar o governo russo por suas atrocidades na Ucrânia e garantir suprimentos de energia estáveis ​​e seguros em toda a Europa”, seguiu van Beurden. 

“Mas, em última análise, cabe aos governos decidir sobre as trocas incrivelmente difíceis que devem ser feitas durante a guerra na Ucrânia. Continuaremos a trabalhar com eles para ajudar a gerir os potenciais impactos na segurança do aprovisionamento energético, especialmente na Europa“, concluiu.

O anúncio de hoje segue a decisão da Shell, na semana passada, de que pretende encerrar seu envolvimento no projeto de gasoduto Nord Stream 2 e sair de suas parcerias de capital com a Gazprom e entidades relacionadas, incluindo sua participação de 27,5% na instalação de gás natural liquefeito Sakhalin-II, seus 50% participação na Salym Petroleum Development e no empreendimento de energia Gydan.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
Sair da versão mobile