
Em uma avaliação significativa do que o Pentágono posiciona como o futuro do combate aéreo, a unidade Skunk Works da Lockheed Martin simulou um engajamento entre caças que envolveu um jato tripulado apoiado por dois outros não tripulados.
O teste, realizado em parceria com o Operator Performance Laboratory da Universidade de Iowa, combinou um caça leve Aero Vodochody L-39 Albatros com dois treinadores Aero Vodochody L-29 Delfin para uma simulação de combate.
Uma das características mais marcantes desta simulação foi que os dois L-29 não foram pilotados por humanos, mas sim controlados autonomamente por um agente de inteligência artificial (IA).
Durante a missão, esses caças não tripulados receberam tarefas em tempo real de um gestor de batalha humano, que estava a bordo do L-39. Comandos emitidos a partir de uma interface de toque no L-39 direcionaram os L-29 controlados por IA para engajar dois jatos inimigos simulados.
A Lockheed afirmou que as aeronaves trabalharam juntas para neutralizar a ameaça designada, utilizando sistemas e armas simuladas.
O agente de controle de IA enviava comandos diretamente para o piloto automático de cada aeronave para controlar as manobras de combate. A Lockheed Martin revelou este teste em 21 de novembro, afirmando ser o terceiro evento de combate aéreo, mas o primeiro a incluir um gestor de batalha humano supervisionando as ações da IA.
Adicionalmente, a Força Aérea dos EUA e a startup Shield AI estão utilizando um F-16 modificado da Lockheed Martin, reformulado para voar sem intervenção humana, para testar um agente de controle de voo com IA concorrente.
Essa aeronave, designada como X-62 Variable In-flight Simulation Test Aircraft, conseguiu realizar manobras de combate em alcance visual – popularmente conhecidas como dogfighting – contra pilotos humanos no início deste ano.