Sindicato aciona a Azul na justiça após implementação de sistema de gestão de fadiga de pilotos

Nesta sexta-feira (2), o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) ingressou com ação coletiva em face da Azul Linhas Aéreas, após tomar conhecimento de que o Sistema de Gerenciamento do Risco da Fadiga (SGRF) nas operações cargueiras da empresa foi implementado sem Acordo Coletivo de Trabalho.

A ação pede liminarmente que a Azul negocie com o SNA toda e qualquer flexibilização operacional que envolva extrapolação de jornada de trabalho, limites de horas de voo e/ou redução de períodos de repouso e folgas em qualquer tipo de tripulação.

Além disso, o sindicato defende a necessidade de um ACT sobre essas operações específicas, para garantir o efetivo cumprimento das medidas mitigatórias de fadiga.

Em maio, a empresa havia começado as tratativas com o SNA para iniciar a proposta de um ACT relativo à fase de testes do safety case para a operação cargueira do Boeing 737, porém se negou a permitir que os tripulantes deliberassem sobre tal flexibilização.

O sindicato esclarece que a operação no esquema ‘bate e volta’, conforme proposta pela empresa,, extrapola os limites legais de jornada e, por isso, requer acordo de flexibilização para ser realizada por uma única tripulação. No entanto, o voo ainda pode ser continuado com tripulações distintas, como vinha sendo efetuado“, diz a nota.

Informações do SNA

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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