Sindicato de pilotos da Southwest apoia Boeing na prorrogação do prazo para certificar o MAX 7 e 10

A Boeing tem até 31 de dezembro para obter a certificação da FAA das variantes 737 MAX 7 e 10, ou deve cumprir os novos requisitos de alertas de cockpit que podem atrasar significativamente a entrada em serviço da aeronave. A única alternativa é o Congresso americano autorizar uma postergação do prazo e as opiniões quanto a isso são divididas.

Imagem: Anna Zvereva, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia

Na semana passada, um Sindicato que representa os pilotos da American Airlines se tornou vocal e contrário a qualquer pedido da Boeing de isenções na certificação de suas aeronaves, alegando necessidade de segurança total nos novos modelos de aviões homologados. O grupo defende, inclusive, que a Boeing altere as cabines dos novos aviões para incorporar os novos alertas aos pilotos.

No entanto, as opiniões sobre o assunto não são unânimes. Um contraponto aos pilotos da American Airlines foi dado logo em seguida, quando o Sindicato que representa cerca de 10.000 pilotos da Southwest Airlines disse à Reuters que apoia os esforços do Congresso para estender a isenção de novos requisitos de alerta de cabine para aviões Boeing 737 MAX 7 e MAX 10 .

O presidente da Southwest Airlines Pilots Association, comandante Casey Murray, disse em uma entrevista que fazia sentido ter alertas comuns em toda a família de jatos 737. “Acreditamos que, por uma questão de segurança e consistência, deve ser certificado com os mesmos padrões”, disse Murray, acrescentando que apoia o objetivo da legislação de exigir que as futuras aeronaves tenham modernos sistemas de alerta de cabine.

O fabricante argumenta que é mais seguro ter um sistema de alerta comum no cockpit do 737. “Uma experiência operacional consistente em uma família de aeronaves é uma das melhores práticas do setor que beneficia tanto as tripulações quanto o público”, disse a Boeing.

Os novos requisitos de alertas aos pilotos, que passam a valer em janeiro do próximo ano, foram adotados pelo Congresso como parte da reforma da regra de certificação depois que dois acidentes mortais com o 737 MAX mataram 346 pessoas e suspenderam o avião mais vendido por 20 meses.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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