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Sindicato reage à proposta da Azul de voltar com os famosos voos “red eye” ou “corujões”

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou por meio de nota que entrou em contato com a Azul Linhas Aéreas para pedir detalhes sobre uma proposta de restabelecer os voos noturnos conhecidos como “red eye”, “olhos vermelhos” ou “corujões”. O SNA defende a necessidade de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e solicitou uma reunião com a empresa aérea.

“Chegou ao conhecimento do SNA que as Diretorias de Operações, de Comissários e da Qualidade e Segurança comunicaram aos seus tripulantes que estão trabalhando em conjunto com a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para criação e avaliação de um “Safety Case” para reestabelecer as operações de voos noturnos (bate e volta) conhecidos como “red eye”, incialmente com a frota de Boeing 737 e, posteriormente, com a frota de Airbus A320”, disse o SNA.

Os “corujões” são voos durante a madrugada, que chegam ao destino antes de amanhecer ou tão logo amanhece. Esse tipo de voo é preferência de muitos passageiros, que encontram aeroportos mais vazios e preços mais em conta, mas, do lado dos profissionais da aviação são os que mais representam riscos. Segundo uma pesquisa publicada pela FAPESP, “o risco de um piloto ou copiloto da aviação comercial brasileira cometer um erro grave é cerca de 50% maior quando trabalha da meia-noite às 6 da manhã”.

Por conta disso, apesar dos “corujões” serem comuns e tradicionais em qualquer lugar do mundo, regras precisam ser seguidas para que os riscos sejam mitigados e os voos aconteçam com toda a segurança.

O termo utilizado para esse tipo de voo, “red eye” ou “olhos vermelhos”, refere-se à falta de sono ou a troca do dia pela noite, que resulta em diversos efeitos ao organismo, entre eles os olhos avermelhados.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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